sexta-feira, dezembro 31, 2004

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Só Falta a Cereja em Cima do Bolo


José Mourinho é uma personalidade questionável e incontornável.

Este post vem a propósito da recente carta de Mourinho ao presidente da Câmara de Palermo, pedindo-lhe desculpa pelas afirmações que proferiu, e que são do conhecimento de todos, a propósito da utilização dos célebres guarda-costas, afirmando que nunca foi sua intenção insultar os habitantes de Palermo nem confundí-los com mafiosos. Muito bem, uma pessoa está sempre a tempo de corrigir um erro que cometeu inadvertidamente e no calor de afirmações mais ou menos polémicas. Só lhe ficou bem essa sua atitude.

Mourinho é sem dúvida um dos maiores treinadores de futebol de todos os tempos. Provou-o no pouco tempo que esteve ao serviço do Benfica, na União de Leiria, nas duas épocas fabulosas com o FC Porto e agora no Chelsea. Admiro o seu profissionalismo e carácter competitivo, acompanho com regularidade a sua carreira e desejo-lhe os maiores êxitos, excepto quando jogar contra o FC Porto.

Depois da justeza do pedido de desculpas formais aos cidadãos de Palermo, espera-se que tenha a mesma atitude em relação aos Portuenses, portistas ou não, e até em relação aos Portugueses. Mourinho ajudou a relançar o nome do Porto e até de Portugal no Mundo, por isso sempre foi bem recebido na cidade do Porto, aliás como se viu na recente presença do Chelsea na cidade do Porto. Mourinho desvalorizou o incidente de Londres afirmando não confundir um adepto portista com os adeptos portistas, mas depois empolgou-se e arranjou aquela desculpa descabelada de mafiosices num momento menos feliz. Por isso deve-nos um pedido formal de desculpa.

Agora, para colocar a cereja em cima do bolo, era bom que Mourinho apresentasse o mesmo pedido de desculpas aos Cidadãos do Porto em particular e aos Portugueses em geral, portistas ou não, mas uma sugestão, não envie a carta ao Presidente da Câmara do Porto, porque é capaz de ir parar ao caixote do lixo. Faça-o para a redacção de um qualquer jornal como uma carta aberta aos Cidadãos do Porto.

Este gesto, se o vier a ter, será mais um motivo de orgulho que teremos em si, porque os homens medem-se muito para além das suas capacidades profissionais.

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Novo Emblema do FCP


Um amigo portista mandou-me esta proposta para o novo emblema do FCP. Provavelmente já é do conhecimento de todos, mas mesmo assim, porque achei piada, aqui fica a sua sugestão.





Marítimo, 1 - FC Porto, 1


Boa primeira parte, mas a segunda deu para adormecer.

O resultado acaba por ser justo, sobretudo porque há muitos jogadores do nosso FCP que andam com a pontaria totalmente desafinada. talvez não fosse má ideia que alguns deles baixassem à equipa B para ganhar ritmo e treinar a pontaria.

Importante é que mais este ponto permitiu que o FCP se isolasse no comando da Superliga. É só um pontito, mas grão a grão enche a galinha o papo.


sábado, dezembro 18, 2004

Dragonfly (Fantasy Football)


Lembro a todos os que estão insritos na Liga da Chama do Dragão (Dragonfly) do jogo da UEFA.com em Fantasy Football, devem actualizar as respectivas equipas adaptando-as à nova fase da Liga dos Campeões.

Agora poderão escolher 12 jogadores podendo optar por um máximo de 4 de cada equipa.

Boa sorte, pois o prémio final para o vencedor da UEFA Champions League Fantasy Football 2004/05, da qual a Dragonfly faz parte, terá como prémio 2 bilhetes para a final, por isso façam bem as vossas escolhas se querem ganhar o prémio.

NOTA: O prémio é atribuido pela UEFA para o vencedor da UEFA Champions League Fantasy Football 2004/05 e não para o vencedor da Dragonfly, a não ser que o vencedor da Dragonfly seja simultaneamente o vencedor da Champions League Fantasy Football 2004/05. Boa sorte!


FC Porto, 1 - Moreirense, 0


Vitória justa e sem espinhas, num jogo pausado e dormente, onde imperou, mais uma vez, a falta de pontaria dos artilheiros.

Não há dúvida que, depois de uma época esgotante para a maioria dos jogadores, férias precisam-se. Aproveitem bem as mini-férias do natal, mas só depois do jogo com o Marítimo, para começarem um 2005 cheio de glória, quer na Superliga quer na Liga dos Campeões, porque aqui se há alguém que tem que ter medo é o Inter, não vocês.


domingo, dezembro 12, 2004

Bravo Rapazes!


Bravo mereceram esta vitória sem qualquer margem para dúvidas, se tivessem tido sorte contra o paredão colombiano, até tinha goleado logo na primeira parte.


FC Porto (Portugal) 0 - 0 Once Caldas (Colômbia)
8 - 7 (após a marcação de pontapés da marca de grande penalidade)
Yokohama, 12 de Dezembro de 2004

Maniche foi eleito o melhor jogador em campo, mas todos mereceram, sem qualquer distinção, esse prémio, para mim foram todos os melhores em campo.

Parabéns rapaziada! Graças a vós e ao FC Porto o palmarés de ambos está agora mais rico.


sábado, dezembro 11, 2004

Taça Intercontinental


Disputa-se amanhã, dia 12 de Dezembro, às 10h 05m (hora portuguesa), em Yokohama, Japão, a última final da Taça Intercontinental. A partir do próximo ano esta prova passará a designar-se Taça do Mundo de Clubes e será disputada também no Japão, mas em outros moldes.

Na final estarão frente-a-frente os Campeões da Europa e da América, respectivamente, FC Porto (Portugal) e Once Caldas Colômbia). daqui enviamos as maiores felicidades à nossa equipa e o desejo de os vermos regressar com a Taça.



Once Caldas (Colômbia) - FC Porto (Portugal)
Yokohama, 12 de Dezembro de 2004

Força rapazes! Vocês merecem mais esta vitória e não esqueçam: É tempo de celebrar!



sexta-feira, dezembro 10, 2004

RACISMO NÃO!!!


Na passada terça-feira disputou-se no Estádio do Dragão o jogo FC Porto-Chelsea FC. Deste jogo resultou a vitória do FC Porto e, consequentemente, a sua passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Tudo está bem quando acaba bem, pelo menos pela perspectiva dos portistas. No entanto nem tudo correu bem. Não, não vou fazer qualquer tipo de análise ao jogo, isso já fiz noutro post e noutro blog: A Chama do Dragão. Vou falar de algumas manifestações racistas, conscientes ou inconscientes, a que assisti durante o jogo.

Numa ou noutra ocasião sempre que um jogador preto (preto e não negro, pois ao dizer negro já estaria a ser perconceituoso, logo a ter uma atitude racista) do Chelsea tocava na bola lá se ouviam os famigerados "Huuu! Huuu! Huuu!". Infelizmente esta situação repete-se por muitos estádios, quer em Portugal quer por essa Europa fora, e não só nos estádios de futebol, mas embora condene manifestações racistas onde quer que ocorram, preocupam-me ainda mais quando se dão em locais onde estou presente, pois sinto-me revoltado, indignado e envergonhado. Envergonhado porque lamentavelmente posso ser confundido com atitudes das quais discordo profundamente. Sempre que tal acontece não deixo de manifestar a minha discordância, indignação e revolta, pois não me quero ver envolvido, mesmo que indirectamente, em tais atitudes, como se, pelo simples facto de estar presente no local, fizesse parte dessa horda ululante e acéfala que assume tais atitudes.

Por isso mesmo quero aqui deixar um louvor e um forte abraço solidário a McCarthy, que teve a coragem de mostrar a sua indignação e revolta, criticando essa massa acéfala que apelidou de estúpida, tendo o cuidado de não confundir a nuvem com Juno. McCarthy lembrou também que sempre que alguns adeptos assumiam esse tipo de comportamento em relação a jogadores da equipa adversária se sentia tembém lesado, pois como é evidente não é branco. Bravo meu caro McCahrthy!


Bravo McCarthy!

Recentemente critiquei uma atitude anti-desportiva desse excelente jogador que é McCarthy, quando da célebre agressão que levou à sua expulsão, tendo prejudicado seriamente a equipa, quer naquele jogo, quer nos dois seguintes, que teve de cumprir de suspensão, se o não fizesse não estava a ser coerente e estava a discriminá-lo e, portanto a ter uma atitude racista. As pessoas podem e devem ser criticadas, ou louvadas, pelas suas atitudes, nunca por causa da cor da pele.

Aqueles que assumem tal indignidade, são os mesmo que nos respectivos locais de trabalhos são os capachos de patrões prepotentes, sempre prontos a lamber-lhes as botas e a passar por cima dos direitos dos colegas de profissão, com o único e limitado objectivo de serem agradáveis ao patrão e fazerem a sua vidinha. São pessoas que para além de estúpidas não têm carácter, afirmo-o sem preconceito e sabendo que corro o risco de generalizar, mas quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Há duas formas de ser estúpido, aquele que é estúpido porque o é declaradamente e aquele que é estúpido por falta de informação e cultura e, quem é estúpido, por vocação ou devoção, é facilmente manipulável. Nem uns nem outros têm desculpa.

RACISMO NÃO! BRAVO BENNI McCARTHY!


quarta-feira, dezembro 08, 2004

É Tempo de Celebrar


Não há dúvida que é tempo de celebrar.

O jogo entre o FC Porto e o Chelses FC, que terminou com a vitória portista por 2-1, fazendo juz ao slogan que estava numa das bancadas do Dragão. As emoções foram a rodos, o FCP esteve durante o jogo nas três situações possíveis: afastado das competições europeias, com um pé na Taça UEFA e, finalmente, nos oitavos de final da Liga dos Campeões.


O jogo dos Campeões Europeus teve altos e baixos, mas na segunda parte foram buscar a força, o engenho e a arte de que muitos já descriam e acabou por se fazer justiça, tendo passado à fase seguinte as duas melhores equipas do grupo.

Curiosa também a coincidência de McCarthy ter marcado o golo da vitória no preciso momento em que Pinto da Costa saía do Tribunal de Gondomar. Será que também aqui funcionou o tão propalado sistema?

Tal como nos jogos, também na vida a justiça só se faz no julgamento final e, quando menos se espera, aparece um artista que traz justiça ao resultado, ou uma testemunha, que esclarece todas as dúvidas e permite que o tribunal faça justiça. Estou em crer que neste caso a melhor testemunha de Pinto da Costa será o próprio Pinto da Costa.

Espero e desejo que Pinto da Costa esclareça rapidamente todo este embróglio, mas espero sobretudo que se faça justiça, isto é, que sejam condenados os culpados e absolvidos os inocentes.

Estou em crer que até ao esclarecimento final muita água irá ainda correr por debaixo das pontes e talvez aqueles que agora esfregam as mãos de contentamento se venham a arrepender e o feitiço se vire contra o feiticeiro, mas o essencial é que se faça justiça.

Tal como comecei, termino afirmando que é tempo de ser solidário, é tempo de celebrar.

Força Porto para a final da Taça Intercontinental no Japão e façam o favor de trazer de lá a taça.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Pinto da Costa


Ouvi que Pinto da Costa foi constituído arguido, na sequência da investigação do célebre Apito Dourado, acusa do crime de tráfico de influências. É certo que nem sempre concordo, ou alinho, com as suas opções e decisões desportivas, mas reconheço-lhe capacidade e mérito desportivo mais do que suficiente, pelo seu trabalho desenvolvido em prol do nosso clube. Quero acreditar que esse trabalho foi sempre feito com lisura, mas caso o não tenha sido não defendo excepções por se tratar de quem se trata. Todos somos iguais perante a lei, de outra forma não há justiça.

Não ponho as mãos no fogo por ninguém, costuma-se dizer que é a situação que faz o ladrão, mas Pinto da Costa não foi ainda julgado e, como tal, é presumível inocente. Se há acusações contra ele é no tribunal que vão ter que ser provadas, não na praça pública, muito menos baseado em preconceitos ou fanatismo clubístico.


Pinto da Costa

Perante esta situação e enquanto Pinto da Costa for presumível inocente, situação que espero que continue a manter depois de julgado, para bem dele e do FC Porto, continuarei solidário com ele, mas equidistante, isto é não tomando posição, mas também não condenando, o que não está provado, nem transitou em julgado.

Em conclusão: Pinto da Costa terá o meu total apoio e solidariedade, excepto se os tribunais provarem que está culpado, nesse caso deixarei de o apoiar a lamentarei o facto de se ter deixado envolver em situações menos claras, mas, por uma questão de ética, não poderei continuar a apoiá-lo. Quero acreditar, e desejo, que esta situação seja desmascarada pelo próprio Pinto da Costa, doutra forma não poderei deixar de condenar aquele que foi (e espero que continue a ser por muitos e bons anos), sem qualquer dúvida, o maior dirigente desporivo português de todos os tempo.


FC Porto, 0 - Beira-Mar, 1


Mau, mau, mau, não tenho mais palavras para descrever o que vi. Tão mau que até parece mentira, mas a verdade é que aconteceu.

Mais comentários para quê?


terça-feira, novembro 30, 2004

Porto, Palermo, Londres e Moscovo


No momento actual José Mourinho é, sem sombra de dúvida, o maior treinador de futebol do Mundo. Por isso mesmo deveria preocupar-se somente com as coisas do futebol, que embora importante, não passa de um jogo que dá milhões a alguns, e alegrias e tristezas, isto é, emoções a muitos milhões.

O futebol tem também excessiva cobertura mediática, pelo que os seus actores deveriam reflectir um pouco mais sobre as afirmações que proferem e, quando tal se justifica, retratar-se de afirmações menos felizes. É uma forma de estar na vida e de educar os mais jovens.

Por isso mesmo Mourinho, cujo ego ofusca mesmo o brilho do próprio Sol, deveria ser mais comedido em certas afirmações que faz e, para as quais, não tem manifestamente capacidade nem estatura ética e cultural. Quando do incidente de Londres com um, ou vários, energúmenos que integravam a claque do FC Porto, Mourinho desvalorizou, e muito bem, um acto isolado, afirmando que não confundia aqueles indivíduos com a massa adepta do FCP. Esteve de parabéns e, tanto quanto me lembro, fiz-lhe aqui um elogio e critiquei severamente os que cometeram tal acto, como voltarei a fazê-lo se reincidirem.

Voltou agora à carga para justificar a necessidade de segurança pessoal na sua deslocação ao Porto. Não precisava de fazê-lo, qualquer cidadão tem direito a usar a segurança que entender por se sentir ameaçado, por isso até reconheço que José Mourinho tem razões para não prescindir dela. Mas ao tentar fazer blague com a situação, Mourinho inverteu as suas afirmações de Londres colocando-nos a todos o rótulo de arruaceiros. Foi lamentável e espero que venha a reconhecê-lo, da mesma que elogia um tal árbitro inglês que lhe telefonou a pedir desculpa por uma má decisão num determinado jogo, que terá prejudicado o Chelsea. Lá diz o ditado: "faz aos outros aquilo que queres que te façam a ti".

Com a sua afirmação/generalização, Mourinho não só insultou os portista como todos os habitantes do Porto e Palermo, de onde não se fizeram esperar reacções. É bem feito. Não devemos generalizar, porque para além de mostrar intolerância, mostra também ignorância e falta de tacto. Se gosta tanto de generalizações também poderia ter falado de Moscovo, por onde polulam as máfias russas, ou de Londres onde o basfond é incomensuravelmente maior do que em qualquer das cidades citadas na sua entrevista. Aí teve cuidado, porque é dessas cidades que recebe o seu chorudo salário, porque é aí que estão os seus patrões e não porque todos os londrinos ou moscovitas sejam mafiosos, que não são, como é evidente, mas como também não o são os portuenses ou os cidadãos de Palermo.

Generalizações? Não! Obrigado!

Já dizia Vasco Santana: "Chapéus há muitos, seu...".


No próximo dia 7 de Dezembro estarei o Estádio do Dragão, onde pretendo aplaudir de pé a entrada em campo do maior treinador de futebol do momento.

Lamento que José Mourinho tenha a pretensão de que pode estar só contra o Mundo, mesmo reconheço-lhe os méritos, pois foi o treinador que mais e maiores glórias trouxe ao FCP, mas foi também o que tirou maior proveito dessas mesmas glórias. Portanto estas coisas funcionam (e funcionaram) nos dois sentidos.

Meu caro Mourinho, não desbarate o potencial de simpatia que tem por estas bandas, é que o Mundo dá muitas voltas e, por isso, não devemos cuspir no prato que alguma vez nos alimentou, isso é colocar-se ao nível dos energúmenos de triste figura que estiveram em Londres.


segunda-feira, novembro 29, 2004

VFC Setúbal, 0 - FC Porto, 1


Primeira parte bem jogada por ambas as equipas, principalmente pelo FC Porto que conseguiu criar algumas oportunidades de golo, tendo concretizado uma por Jorge Costa.

Bravo Jorge Costa pela garra e pelo espírito do Dragão mais uma vez demonstrada, mas às vezes vale a pena refrear um pouco os ânimos, pois aqueles amerelos foram dispensáveis.

Não percebi muito bem a sustituição de Quaresma, enquanto que Hélder Postiga continuou em jogo, que mais tade foi sustituído por Carlos Alberto, depois de César Peixoto ter subtituído Diego. Eu sei que há muitos jogadores lesionados e castigados, mas não haverá aqui zig-zag a mais?

Segunda parte pragmática por parte do FC Porto, que demonstrou grande espírito de sacrifício e uma entre-ajuda constante entre todos os jogadores, os quais apostaram fortemente no colectivo e no objectivo de alcançarem os 3 pontos que lhes permitiria, permitiu, ficar isolado no primeiro lugar da Superliga com uma vantagem de 2 pontos sobre o 2.º classificado o B... Boavista.

Parabéns Victor Fernandez pelo aniversário, que as prendas se repitam jornada a jornada.

A arbitragem demonstrou um nível técnico fraco, prejudicando as duas equipas e o espectáculo. No deve e haver talvez o mais prejudicado tenha sido o FCP.


sexta-feira, novembro 26, 2004

CSKA, 0 - FC Porto, 1


Óptimo resultado, melhor ainda os 3 pontos, aliás nesta jornada as equipas portuguesas estão todas de parabéns, porque todas fizeram os 3 pontos como lhes competia e que tanta falta nos fazem.

Voltando ao CSKA-FC Porto. Foi uma exibição personalizada num terreno muito difícil e disputado com 12 graus negativos. A vitória do FCP, mesmo com um pouco de sorte à mistura foi brilhante e, de facto o nosso Porto foi superior ao adversário.

Infelizmente esta magnífica vitória ainda não é suficiente para garantir a permanência do FCP na Liga dos Campeões, mas praticamente garante a continuação na Taça UEFA e põe de parte uma eliminação precoce das competições europeias.

Infelizmente estamos nesta situação por culpa própria devido aos empates em casa com o CSKA e o PSG. Apesar do FCP não depender só de si para continuar na Liga dos Campeões vamos ter esperança e esperar que a equipa se supere contra o Chelsea e consiga vencer depois, bom depois é esperar que o PSG tenha um deslize no seu jogo com o CSKA. Lembro que estas equipas têm atambém possibilidade de passar à fase seguinte ou para a Taça UEFA, embora a vantagem seja do PSG o certo é que o CSKA poderá fazer uma surpresa.

A ver vamos...


segunda-feira, novembro 22, 2004

FC Porto, 0 - Boavista FC, 1


Mais uma vez e por motivos pessoais estive impedido de ver este jogo, no entanto li e vi os resumos que passaram nas televisões à posteriori.

Em primeiro lugar considero indesculpável a atitude de McCarthy que prejudicou seriameente a equipa, não só neste jogo, mas também naquele, ou naqueles, que terá de cumprir obrigatoriamente de castigo.

Mais uma vez os descontos foram fatais.

Sejamos pragmáticos: equipa que não marca arrisca-se a sofrer. Foi o que aconteceu. Já nem adianta falar na falta de qualidade da arbitragem, que validou mais um golo fora de jogo e que se esqueceu do cartão vermelho para Éder (nem um cartão amarelo depois de uma falta violentíssima sobre McCarthy, nada a que já não estejamos habituados). Há que lutar contra estas adversidadades, no entanto não foi trágica a derrota do FCP frente ao Boavista, sobretudo porque quer o SCP, quer sobretudo o SLB tudo fizeram para impedir que o FCP descesse para o segundo lugar.

Será que Pinto da Costa vai agora, também, pedir uma audiência ao Governo para se queixar da incompetência das arbitragem? Para quê pedir que incompetentes julguem outros incompetentes? o FCP não precisa de favores de ninguém, só precisa de jogar o que sabe e pode.

Preocupante é a onda de lesões, fruto de um início de época mal preparado, mas o campeonato ainda vai no adro e o Rio Ave provou que ninguém, por mais favorito que seja, possa jogar descansado, porque o futebol é uma caixa de surpresas e as equipas, mesmo as consideradas pequenas, perderam o medo dos chamados grandes e assim sendo ninguém pode continuar convencido de que as camisolas vencem jogos. Os ditos grandes, incluindo o FCP, que se cuidem. Jogo fantástico do Rio Ave. Parabéns!

Só no final do campeonato é que iremos ver quem é a equipa mais regular e, como se costuma dizer, pela boca morre o peixe, pois quando Filipe Vieira disse que iria começar a festejar o título na cidade do Porto, era mais lógico que se procupasse mais com o desempenho da sua equipa do que com o "ovo no cu da galinha". Desculpem lá a grosseria, mas a paciência tem limites e, como dizia Artur Jorge, no final do campeonato os erros da arbitragem até são equilibrados, pelos menos, e acrescento eu, para os grandes. Será?

Será que o SLB vai devolover ao Rio Ave o ponto ganho na Luz com um golo em nítido, repito, em nítido fora de jogo? Talvez seja melhor pedir mais uma audiência a um qualquer ministro. Talvez ao calceteiro marítimo, que é o que mais abunda no Governo.

Não se cansem com vencesdores antecipados, cria demasiadas expectativas e causa um stress tremendo. Vão apoiando as respectivas equipas porque no fim o vencedor será aquele que somar maior número de pontos.

Não há volta a dar.

domingo, novembro 14, 2004

Gil Vicente FC, 0 - FC Porto, 2


Vi o jogo de uma forma intermitente, por isso não posso fazer uma análise muito cuidada do mesmo.

Em primeiro lugar pareceu-me que o FC Porto jogou q.b. o que não é bom, nem é mau, mas resultou.

Depois destaca-se a lesão de Diego, que esteve 10 minutos em jogo e sofreu mais faltas do que qualquer outro jogador ao longo dos 90 minutos. Saiu lesionado por causa de um toque por trás e o causador da falta nem sequer foi admoestado. Os árbitros têm que se preocupar em proteger os artistas, porque são esses que levam o público aos estádios, não os caceteiros. Uma coisa é uma falta que é fruto da própria virilidade do jogo, outra é o constante uso da falta sobre determinados jogadores com o nítido objectivo de os arrumar daquele e de outros jogos. Diego poderá estar afastado dos relvados durante alguns jogos, se não é grave para o campeonato, porque é longo, e qualquer deslize pode ser recuperado, já o mesmo não se põe em relação às competições europeias, onde é fundamental que todos estejam nas condições ideais para disputar o jogo. Perante este facto espero que Maniche, como grande jogador e profissional que é e mesmo depois de uma época extremamente desgastante, se assuma como o patrão da equipa do meio-campo parar a frente.

Quanto ao jogo notou-se falta de coordenação entre Nuno e os centrais mas, apesar de tudo, Nuno fez uma defesa apertada e importante que impediu que o Gil Vicentre crescesse. Dois golos muito bons, em particular o de Quaresma que é simplesmente genial, é um coelho tirado da cartola do Harry Potter. Fantástico!

Não tão vistoso, mas extremamente oportuno foi o golo de Costinha que adivinha com muita antecedência o local onde vai cair a bola e... quando ela lá chega ele já lá está. Muito bom!

O Gil poderia ter marcado o golo de honra, mas os três pontos já não fugiriam.

Para já chegamos ao primeiro lugar, agora é fazer tudo para o manter.

Benfica, Campeão Pré-Natal


Este ano, um outro clube de Lisboa, mais encarnado, foi dado como campeão logo no início do campeonato. Afinal, foi um campeão pré-natal.

Talvez para o ano já saibam o AEIOU, o que ainda está a anos-luz de saber jogar futebol.

Estamos em primeiro!!!!!!!!!!!!!!


terça-feira, novembro 09, 2004

Atrás da Orelha


Em substituição do ACUSO! "2" (Antigo), mas mantendo o mesmo endereço, surge o Atrás da Orelha. É um novo blog ainda sem projecto, mas o tempo fará dele o que muito bem entender, poderá ser sério ou divertido, poderá ser bom ou não valer nada, tudo dependerá da disponibilidade que lhe possamos dar e da qualidade do que escrevermos. A palavra é vossa e cá ficamos à espera das vossas críticas.





FC Porto, 3 - Sporting CP, 0


Primeiro clássico jogado no Estádio do Dragão.


8 de Novembro de 2004

Jogo interessante, embora na primeira parte um tanto ou quanto atabalhoado, no entanto a segunda parte foi bem jogada por parte do FC Porto.

O Sporting deu réplica, mas foi indisciplinado e inferior ao FC Porto ao longo de todo o jogo. Destacou-se, no Sportins, Carlos Martins, que só jogou os últimos 30 minutos e Rui Jorge na primeira parte. No FC Porto realce para Diego, Costinha e McCarthy, mas toda a equipa está de parabéns, sobretudo porque lutou e soube actuar como equipa e tirar partido das capacidades individuais de que dispõe. O primeiro golo tardou, mas foi justo.

Ora descubram lá como terminava esta frase... aceitam-se apostas.


Boa assistência no Dragão e a equipa conseguiu reconciliar-se com os adeptos, que desta vez saíram satisfeito do Estádio, quer com o resultado, quer com a exibição




quarta-feira, novembro 03, 2004

FC Porto, 0 - PSG, 0


Mais do mesmo, já não há muito a dizer. Continua a não existir uma equipa, em campo estão onze jogadores desgarrados, que se perdem em lateralizações e abatidos animicamente.

A falta de adaptação de algum jogadores e o treinador, educado sem dúvida, mas incapaz de por a equipa a funcionar, já não explica tudo. Já aqui disse e repito, não sou adepto de chicotadas psicológicas, mas se até Fevereiro ou Março o FCP não mostrar outra qualidade a solução está na contratação de um jovem e ambicioso treinador português, que prepare a época seguinte e seja capaz de corrigir os diversos erros de casting desta época de novo-riquismo, tal como aconteceu quando da contratação de José Mourinho. Candidatos há muitos já o afirmei em posts anteriores, mas volto a repetir: José Couceiro, Carlos Carvalhal ou Vítor Pontes, entre outros.

O jogo foi uma constante de passes mal feitos, péssimo domínio de bola, falta de visão de jogo e concentração e, curiosamente, os jogadores do FCP até parecia que estavam a jogar pela primeira vez no Dragão, pois até as chuteiras foram mal escolhidas, porque os jogadores estavam sempre a escorregar. Falhas a todos os níveis até ao nível daqueles que parecem insignificantes.

Temos consciência de que esta época é uma época de transição mas exigimos um pouco mais de empenho e atitude e menos vedetismo por parte de alguns jogadores, até porque grande parte deles ainda não provou nada ao serviço do FC Porto, alguns nem em Portugal nem na Europa, por isso menos vedetismo e mais atitude precisa-se urgentemente.


domingo, outubro 31, 2004

Ponto da Situação


Todos os portistas têm de ter consciência que estamos numa época de transição e de reestruturação da equipa depois de duas épocas fantásticas.

Muita coisa mudou para além do treinador, mas o mais grave terá sido, em minha opinião, o erro de casting na preparação da próxima época. Com os cofres cheios assistiu-se a algum esbanjar de dinheiro característico do novo-riquismo e se já seria difícil preparar a equipa para uma nova época recheada de êxitos, esses objectivo ficou ainda mais difícil com os erros cometidos na preparação e contratção de novos treinadores e jogadores.

Não sou adepto das ditas chicotadas psicológicas, muito menos no princípio de época, a haver mudança de treinador só quando a época estiver definitivamente perdida e então sim, tal como aconteceu quando Mourinho foi contratado, escolher um treinador com capacidade e ambição para preparar atempadamente a nova época.

Desde já destaco alguns nomes de jovens treinadores portugueses que, segundo a minha óiptica, deverão estar sobre observação: José Couceiro, Carlos Carvalhal e Vítor Pontes, entre outros.


Nacional da Madeira, 2 - FC Porto, 2


Tudo dentro da normalidade se o FC Porto não estivesse a ganhar por 2-0 quando o relógio marcou 90 minutos, depois... bem depois foi o descalabro.

Aos 91 minutos e na sequência de um canto, num corte infeliz, Raul Meireles introduziu a bola na própria baliza. Aos 93 minutos Luís Fabiano, numa jogada de insistência, mandou a bola ao poste, perdendo a oportunidade de matar o jogo. No minuto seguinte e novamente na sequência de um canto, Adriano saltou sem oposição e meteu a bola na baliza de Baía, era o 2 a 2. Aos 95 minutos terminou o jogo.

Má arbitragem a condizer com o jogo, tendo toda a gente sido prejudicada e, em especial, o público.


VSC Guimarães, 1 - FC Porto, 0


FC Porto fora da Taça de Portugal. Não há muito mais a dizer, derrota justa.

Além do mau jogo, mais uma vez o FC Porto só funcionou durante meio tempo, há a salientar o excesso de virilidade, para não falar em voiolência empregue por alguns jogadores em alguma jogadas, as principais vítimas foram Areias e Costinha.


segunda-feira, outubro 25, 2004

Homenagem a João Moreno


A Chama do Dragão não quer deixar de prestar homenagem a João Moreno, presidente da Associação Académica de Coimbra falecido no passado sábado, 23 de Outubro, vítima de cancro.




A Académica de Coimbra, vulgo Briosa, tem a sua história ligada à obra e personalidade de João Moreno que morreu como quiz, como Presidente da Briosa.

Positiva a atitude dos adeptos de futebol que estavam nas bancadas do Estádio do Dragão que durante o minuto de silêncio o cumpriram respeitosamente. Negativo algum, pouco, ruído que veio do sector destinado às claques antes de terminar o minuto de silêncio. Mais uma vez alguns (poucos) elementos de uma claque de futebol deram mostras de falta de civismo, educação e respeito.

Honra a João Moreno e os nossos sentidos pêsames à sua família e a todos os academistas.

Um grande EFE-ERRE-A para João Moreno!


FC Porto, 2 - FC Penafiel, 0


Jogo sem grande história, valeu os três pontos e pouco mais.

Uma primeira parte razoável por parte do FC Porto e dois golos de, quem poderia ser, McCarthy. A segunda parte deu para adormecer, desta vez não fui ao estádio e cheguei mesmo a fechar os olhos por períodos mais ou menos longos.

Os dois golos de McCarthy vieram mostrar que o avançado está com instinto de goleador o que nos leva a questionar, mais uma vez, a necessidade da dupla aquisição Luís Fabiano, Hélder Postiga, sobretudo deste último. Não terá aqui havido algum desperdício de dinheiro? Algum novo-riquismo?

Luís Fabiano apesar de jovem já deu provas de grande goleador, teve azar com a lesão e necessita de uma melhor adaptação ao futebol europeu, onde, não tenho dúvidas se irá revelar o grande craque que é. Quanto ao Hélder Postiga, já tenho algumas dúvidas, fez uma época para esquecer em Inglaterra, depois de ter saído do FC Porto com o estatuto de vedeta, regressou ao FCP esta época, mas não está a mostrar o mesmo instinto que o caracterizou no passado. Parece revelar alguma imaturidade e vedetismo, somadas a algumas subtis picardias, que faz quando está em campo, que podem prejudicar seriamente a equipa. Espero estar enganado em relação à análise que fiz ao desempenho de Hélder Postiga, mas a verdade é que não tenho gostado do que tenho visto.

Do jogo há ainda a destacar o minuto de silêncio, no princípio do jogo, em homenagem a João Moreno, presidente da Académica de Coimbra que faleceu no passado sábado.


Notas d'A Chama do Dragão


Esta notas d'A Chama do Dragão são ainda referentes ao último Benfica-Porto, pois por manifesta falta de tempo foi impossível escreve-las antes.

Negativa foi a atitude de Carolina Salgado, não porque seja diferente dos outros ou tenha mais privilégios, vivemos numa época em que os privilégios já não existem (felizmente), mas porque como companheira de Pinto da Costa não deve, nem pode, fazer o que fez, indo para junto das claques e participar activamente em atitudes indignas de falta de civismo e educação. Atitudes essas que ultrapassaram os limites das regras de convivência e boa educação, seja quem for o visado e tomada por quem quer que seja, muito mais grave porque foi tomada por uma figura pública que, por sinal é a companheira/esposa de Pinto da Costa. Atitudes desta desprestigiam o clube, que não as merece, e dá trunfos aos detractores do FC Porto. Nota muito negativa para a atitude de Carolina Salgado.

Negativas foram também as incidências em torno do jogo e particularmente depois do jogo. Quanto aos tais propalados penáltis, se todos os árbitros marcassem penaltis por faltas semelhantes, não havia jogo que não terminasse com 5 ou 6 penaltis para cada lado, caso se pretenda transformar o futebol num jogo semalhante ao andebol (em número de golos por jogo, entenda-se) então estaremos no bom caminho. Quanto ao célebre peteroctátilo (espécie de frango pré-histórico)de Vítor Baía, caso o árbitro tivesse validado o lance, já muito se escreveu, fizerem-se estudos e montagens rigorosas e não há uma conclusão, embora seja minha convicção que, e depois de ter visto cuidadosamente as imagens dezenas de vezes, que a bola entrou na sua trajectória ascendente depois de ter batido sobre a linha de golo, mas se todos tivemos tanta dificuldade em analizar o lance de uma forma séria e mais ou menos objectiva, não terá sido muito maior a dificuldade do árbitro que tve de decidir em segundos e sem capacidade de recorrer ao que quer que seja? É evidente que a sua decisão poderá ter influenciado o resultado final (ninguém sabe como jogaria o FC Porto caso o SL Benfica tivesse empatado o jogo), pois nada nos garante que o jogo daí para a frente se desenrolasse do mesmo modo. Lamentavelmente negativa a atitude dos dirigentes do Benfica em insinuarem o que não podem provar, pondo em causa, no melhor futebolês, a honorabilidade do árbitro e trazendo para a discussão pública a vida privada de Pinto da Costa. Muito negativa esta atitude, é por isso que afirmei acima que a atitude de Carolina Salgado incentiva este tipo de atitudes, por isso para além de ter sido o que já foi dito antes foi também uma atitude infantil, gratuita e estúpida.

Positiva foi a primeira parte do do FC Porto e o magnífico golo de Benni McCarthy. Ufa! Estava a ver que não encontrava nada positivo.


quarta-feira, outubro 20, 2004

PSG, 2 - FCP, 0


O FC Porto esta época já fez jogos maus, outros assim-assim e ocasionalmente bons ou parcialmente bons, este foi o pior de todos e há que assumí-lo.

Por parte do FC Porto estiveram em campo 14 homens a chutar numa bola, do outro lado esteve uma equipa de futebol, modesta, mas batalhadora e que sabia o que fazer em campo.

O melhor português em campo foi, sem sombra de dúvida, Pauleta.

E mais não tenho para dizer, a não ser que lamento o mau jogo da minha equipa.


segunda-feira, outubro 18, 2004

Para onde vais Futebol


Depois do triste espectáculo, antes e depois do jogo da Luz, independentemente dos erros que o árbitro possa ter cometido.

A verdade é que se tem incendiado tanto o nosso futebol que as rivalidades naturais entre clubes passaram a ódio gerando-se uma guerra onde vale tudo, até os ataques pessoais servem para ser arremessados.

O triste espectáculo dos dirigentes dado na Luz só bem demonstrar que o sistema do futebol está bem vivo. O sistema da incapacidade, da falta de elegância e civismo, da impreparação cultural e intelectual da generalidade dos dirigentes desportivos portugueses. Dos Clubes ao Governo, da Liga à Federação, ninguém está isento desta falta de nível.

Infelizmente o problema não é só português e neste fim-de-semana na Holanda, um jogo teve de ser acabado antes do fim do tempo regulamentar devido a titudes racistas tidas por parte do público. Se o futebol é o espelho da sociedade e, portanto, é aqui que as frustrações dos cidadãos se exprimem porque a psicologia de grupo faz com que os recalmentos da semana sejam postos de parte, este acontecimento é grave, muito grave, e preocupante também. Muito mais do que uma ou outra má decisão de um árbitro ou aquilo que A, B ou C faz na sua vida privada.

Quando digo vida privada é mesmo vida privada, porque crime já passa a ser do domínio público.


domingo, outubro 17, 2004

SL Benfica, 0 - FC Porto, 1


E a sexta jornada veio provar que o campeonato de Outubro está renhido.

Agora mais a sério. Excelente jogo, sobretudo na primeira parte, não porque o FC Porto foi francamente superior, mas porque ninguém complicou o que não havia necessidade de complicar.

Jogo partido, em que o domínio do FC Porto na primeira parte foi total, concretizado com um golo, mas que até podia ter acontecido pelo menos outro, pois oportunidades não faltaram. Por volta dos 9 minutos McCarthy intercepta um mau passe de um defesa benfiquista e marca um golo monumental. Durante toda a primeira parte o FC Porto passeou toda a sua classe e, quem gosta de futebol, deliciou-se, independentemente da equipa da sua devoção. No fim da primeira parte lembrei-me do artigo que escrevi anteriormente e achei que no tocante ao desportivismo e à influência de factores estranhos ao próprio jogo estava em consonância com o descrito e, ao contrário da disputa entre Leonor Pinhão e Miguel Sousa Tavares, havia um vencedor nítido. Óptimo, o espectáculo estava a ser bom e o FC Porto estava a ganhar com todo o mérito e até podia ter dilatado a vantagem.


Mas faltava a segunda parte. Aqui os papeis inverteram-se, a equipa mais pressionante passou a ser o SL Benfica, nalguns casos o desportivismo dos intervenientes ultrapassou os limites, e factores estranhos ao desenrolar do jogo poderão ter tido influência no resultado final, embora eu ache que a haver um vencedor esses só pia ser o FC Porto, mas o empate não seria escândalo nenhum.

Na segunda parte o SL Benfica entrou com vontade de dar a volta ao resultado e fazer esquecer a má primeira parte. Tudo bem, nada a apontar. Pareceu-me, no entanto que houve algum excesso de impetuosidade, talvez provocado pela vontade de chegar ao empate, ou talvez porque alguns estivessem convencido que só pela força se poderia ultrapassar a qualidade de jogo do advesário. Em resultado dessa impetuosidade começaram a surgir jogadas em que a virilidade ultrapassou aqui e ali o razoável e a complicar as decisões do árbitro.

O primeiro caso foi o do alegado penalti de Seitaridis sobre Karadas, não me pareceu penalti, pois Karadas entrou com tudo estava a agarrar e era agarrado pelo defesa portista e conseguiu rematar (mal) sem oposição. Na entrada de pé em riste de Nuno Gomes sobre Pepe e consequente desforra deste, a culpa vai toda para os jogadores, que poderiam e deveriam ter evitado aquela situação, mas também me parece que a solução mais adequada seria a amostragem do amarelo a ambos e não o vermelho, mas o árbitro optou pelo vermelho. Também não posso dizer que o vermelho não tenha sido a decisão correcta, pelo menos teve o mérito de segurar o jogo, quando ele estava a ameaçar descambar.

Entretanto o SL Benfica atacava mais, mas não criava perigo real, até que por causa de um erro crasso de Vítor Baía (se fosse golo não era um frango, mas uma autêntica avestruz) se criou uma grande confusão. Depois de ver as imagens várias vezes não consigo chegar a uma conclusão, popis quando Baía larga a bola ela sobe e ao descer cai sobre a linha de baliza, mas não a ultrapassa totalmente (portanto aqui não é golo), a minha dúvida surge quando a bola sobe e Baía lhe dá a palmada levando a bola a embater na trave e a sair totalmente da zona, aqui é que surge a dúvida, mas infelizmente a SporTV não tinha uma câmara no enfiamento da linha final que nos permitisse tirar essa dúvida. Deste modo sou obrigado a aceitar a decisão do árbitro, fosse ela qual fosse, pois quer ele quer o árbitro auxiliar estavam melhor colocados para julgar no instatnte se foi, ou não, golo.

Curiosamente na segunda parte a melhor oportunidade de golo que surgiu numa jogada limpa e não fruto de uma jogada duvidosa ou de um erro enorme de um adversário, pertenceu ao FC Porto quando Quaresma efectuou o cruzamento que colocou a bola nos pés de Maniche, este rematou de pronto e Moreira defendeu com a ponta dos dedos. O árbitro mandou repor a bola em jogo através de um pontapé de baliza, quando devia ter marcado canto contra o SL Benfica.

Em conclusão se o jogo tivesse terminado com um empate não escandalizaria, mas por tudo o que de bom fez, ao longo de todo o jogo, inclusivamente a melhor oportunidade de golo da segunda parte pertenceu ao FC Porto, e pragmaticamente, a haver um vencedor esse só podia ser o FC Porto.

O homem do jogo foi indubitavelmente Diego, mesmo que tenha baixado de produção ao longo da segunda parte, quanto o jogo passou a ser mais impulsivo e menos técnicista. Na equipa adversária destaco a prestação de Miguel.

Como nota final fiquei contente por constatar que o FC Porto está a transformar-se novamente numa equipa e a deixar de ser simplesmente um conjunto de excelentes jogadores.


Leonor Pinhão vs Miguel Sousa Tavares


Gostei de ler n'A Bola de hoje o frente-a-frente entre Leonor Pinhão e Miguel Sousa Tavares.

Tratou-se de um bom jogo em que os intervenientes demonstraram inteligência e saber. Bom domínio de bola de parte a parte, tacticamente perfeito e, aqui e ali, algumas jogadas de um virtuosismo só ao alcance dos melhores.

O tempo útil de jogo foi elevado, pelo que a presença do árbitro nem se notou, o que só abona a seu favor. Excelente fair play por parte dos jogadores que jogaram o jogo pelo jogo sem recorrerem a subterfúgios ou a jogadas menos limpas.

Ambos demonstraram claramente que os incendiários do futebol estão aqui a mais e, já agora, quem paga (e muito) para ir ao futebol dispensa claramente as "guerras de bilhetes", que encheram páginas de jornais durante esta semana.

Foi um excelente jogo para a propaganda do adepto de futebol, bem disputado e com muitos golos, não houve vencedor, mas o resultado foi justo.

Nota positiva também para a secção Cautchú do mesmo jornal, que nos mostra os três cenários possíveis para o desfecho do jogo, sem dramatismos e com humor, que teve o condão de por benfiquistas e portistas a rir em conjunto. Boa atitude, sobretudo depois da imbecilidade da "guerra dos bilhetes".

Quanto ao jogo de logo espero que esteja à altura do acima descrito, só desejo que o resultado seja outro, isto é, a vitória do FC Porto, outros desejarão outro desfecho.

É o jogo.


sexta-feira, outubro 15, 2004

Selecção Nacional


Bravo rapazes não esqueceremos o jogo dos 7-1 com a Rússia, estão de parabéns, mas também não esqueceremos os 2-2 com o Lichenstein, mas agradecemos a resposta que souberam dar.

Quanto ao Sr Scolari e utilizando a sua própria linguagem terceiro-mundista só lhe digo: vai pró c... fdp. Pronto, acabei de me colocar ao nível dele, mas um homem também não é de ferro. Paciência.

Já nem pergunto ao Sr. Scolari (ou ao Sr. Madaíl) o porquê da não convocação do Baía e note-se que até já só digo convocação e não colocá-lo a titular, porque convocar o Baía é o mínimo que jogadores como ele, ou o Figo, ou o Rui Costa, entre outros, merecem, desde que se disponibilizem para tal. Mas pergunto ao Sr. Scolari porque é que não convoca o Moreira?

Grande exibição de Deco, que já contra o Lichenstein tinha sido o que mais tentou remar contra a maré. Bravo Deco espero que consigas o título da FIFA de melhor do mundo de 2004, pois bem o mereces pelo que fizeste ao seviço do FC Porto, da Selecção Nacional Portuguesa e agora também ao serviço do FC Barcelona.


No jogo com a Rússia Deco fui simplesmente extraordinário quer pelo que jogou, quer pelo que fez jogar, quer pelo ajuda que prestou aos companheiros. Bravo Deco, os portistas e os portugueses não mais te esquecerão.

Ainda em relação ao jogo da Rússia, se de facto Deco foi excepcional todos os restantes estiveram a um nível excelente, dos quais destaco Cristiano Ronaldo, mas todos os outros foram de uma qualidade e de uma vontade muito acima da média. É certo que resultados destes dificilmente se repetirão, mas a atitude demonstrada por todos deve ser sempre a norma.

Para finalizar, se os jogadores levarem este exemplo de entrega e lealdade para o próximo Benfica-Porto então, estou certo, iremos assistir a um grande jogo independentemente do resultado. Que os jogadores saibam dar as respostas que muitas vezes os dirigentes, técnicos e até o público muitas vezes não sabem.




terça-feira, outubro 12, 2004

Em vésperas do Benfica-Porto


Ao contrário de anos anteriores, aparentemente tudo está calmo em vésperas deste grande jogo. Os intervenientes directos mantêm-se calados ou com contenção nas palavras. Ainda bem. Pois o Benfica-Porto é apenas mais um jogo e nada mais do que um jogo.

Tudo está calmo nas vésperas do grande jogo! Tudo? Não! Tal como os irredutíveis gauleses há sinais de que alguma coisa mexe debaixo da calma aparente. A diferença é que os irredutíveis gauleses tinham uma razão e uma causa para serem irredutíveis.

Já no ano passado aconteceu o mesmo no Sporting-Porto, este ano, e para já, é no Benfica-Porto. Espero que nunca aconteça num Porto-QualquerCoisa, se acontecer fica já aqui a crítica extensiva a todos os que tomarem atitudes semelhantes, sejam eles quem forem (nem por retaliação admito tal ideia).

Em nome da segurança os dirigentes benfiquistas, tal como os sportinguistas, recusaram os bilhetes a que por lei têm direito as equipas visitantes. Mas qual segurança? Não haverá aqui um paralelo entre esta situação e a tentativa censória a Marcelo Rebêlo de Sousa? Quero dizer, parte-se do princípio que se não houver apoiantes da equipa adversária a equipa da casa ganha de certeza, tal como alguns políticos pensam que se tentarem calar as críticas o seu lugar deixa de estar em perigo. Mas afinal o jogo desenrol-se nas bancadas ou rectângulo verde. Estranha lógica esta...

Já aqui falei em relação às claques. Não sou grande fã de claques, pelo menos enquanto continuarem organizadas como estão, mas se acho que os clubes não devem apoiá-las ou dar-lhes privilégios, enquanto tiverem atitudes que prejudicam objectivamente os respectivos clubes, a verdade é que elas existem e não podemos ignorá-las.

Ora é por isso mesmo que mandava o bom senso que fossem colocadas num local onde a segurança dos estádios as pudessem observar e controlar para evitar desmandos, porque não é boicotando o envio bilhetes a que o clube adversário tem direito, que se evita que os adversários arranjem bilhetes. Muitos bilhetes. Com esta atitude de não disponibilizar bilhetes, pelos menos os devidos por lei, a direcção do Benfica está a correr um risco desnecessário e a incentivar atitudes anti-desportistas que podem inclusivamente degenerar em tragédia, porque apoiantes rivais ficam misturados e o fanatismo não está ausente em cada um dos grupos apoiantes.

Não menos responsável é a direcção da Liga de Clubes, entidade responsável pela organização da Superliga, e que não faz os clubes respeitar as suas próprias normas, sejam eles quais forem, porque a penalização para os ptrevaricadores é ridícula.

Apelo ao bom senso de todos e que ninguém, benfiquistas ou portistas, responda às provocações que esta situação poderá inevitavelmente criar, que todos se concentrem no espectáculo dentro das quatro linhas e no apoio às respectivas equipas, cujos artistas têm obrigação de proporcionar um excelente espectáculo e depois... bom depois que vença o melhor, isto é, o que merecer vencer por mérito próprio.

Só espero que no fim do jogo não apareçam uns senhores a lementar situações sucedidas, chorando lágrimas de crocodilo e lançando acusações a troto e a direita, ou ao sistema, porque todos fazem parte do dito sistema e cada um deve assumir as suas próprias responsabilidades e sobretudo agir preventivamente, porque já por cá andam incendiários suficientes, por isso não se deve apagar fogos com gasolina.

Caso venha a acontecer alguma tragédia, que espero sinceramente que não se verifique, fica já aqui claro que, nesta situação, responsabilizo os dirigentes da Liga de Clubes e do SL Benfica, por não fazerem cumpri, ou por não cumprirem a lei.

terça-feira, outubro 05, 2004

Reconhecimento


Num post anterior fizemos duras críticas às claques portistas, e não só, e em particular à dos Superdragões. Por lapso no mesmo post esquecemo-nos de realçar um aspecto positivo da Claque dos Superdragões. No final do jogo entre o FC Porto e o CF Belenenses a Claque chamou McCaharthy até junto de si para uma ovação especial, em troca Benni deu-lhes a sua camisola do jogo. Lindo e positivo.

As claques devem acarinhar os jogadores e a equipa e não perder-se com questões pessoais, extra-desportivas, que põe em causa a credibilidade dos adeptos e podem prejudicar seriamente o próprio clube. Como não somos de rancores, nem agimos por preconceito, quando achamos que merecem elogios não os esqueceremos, assim como quando merecerem ser criticados não perdoaremos.

Uma pequena nota: o futebol é um jogo colectivo que necessita de individualidades que saibam fazer a diferença no momento certo. Quero com isto dizer que é mais provável que uma equipa com um forte colectivo e poucas individualidades ter mais êxito do que uma equipa recheadas de individualidades, mas sem colectivo. Por isso incentivemos os jogadores que merecem destaque, mas não esqueçamos os outros, porque todos são necessários. Quando se ganham jogos é graças ao empenho e eficácia de todos e não somente do jogador que fez aquele passe, ou marcou aquele golo, porque para que isso fosse possível fui fundamental a acção colectiva da equipa.


segunda-feira, outubro 04, 2004

Notas d'A Chama do Dragão


Negativa é a reacção do público quando assobia a equipa, ontem voltou a acontecer quando as coisas não saiam na perfeição como o impaciente povo portista pretendia. esta atitude é francamente negativa, porque cria mais nervosismo e ansiedade na equipa, felizmente que ontem a equipa respondeu à altura em relação a esta atitude estúpida do público, logo após uma monumental assobiadela marcou um golo e aqueles que ainda estava a assobiar tiveram de engolir o assobio e passaram a aplaudir. Se em vez de assobiar a equipa a insentivassem de princípio a fim tivessem mais êxito, mas a estupidez existe em todo o lado e por isso muitos portistas não fogem à regra, se querem criticar podem e devem fazê-lo posteriormente, nunca durante o jogo, durante o jogo todos precisam do nosso apoio.

Positiva a reacção dos jogadores às assobiadelas de uma parte dos "adeptos".

Positiva a reacção do público em relação à atitude das claques organizadas, em particular dos Superdragões de imediato secundada pelo Colectivo. Mais uma vez se ouviu a partir das claques o grito de "SLB! SLB! SLB! filhos da p..." vocês sabem o resto. Eu sei que todas as claques têm gritos idênticamente ofensivos em relação aos clubes rivais e em particular em relação ao FCP, mas a má educação dos outros é preocupação dos outros e não minha e só os classifica a eles, mas a má educação dos meus já é uma preocupação minha. Este tipo de gritos só revela estupidez, falta de urbanismo, falta de civismo e menoridade intelectual, características de mentes mesquinhas e de horizontes muito limitados, felizmente que em todas as ocasiões em que tal grito surgiu o público reagiu com uma monumental assobiadela que abafou e calou a iniciativa da claque (como já tem acontecido noutras ocasiões), pelo menos foi assim que interpretei e se foi assim então sim, nesta situação espero ouvir uma forte assobiadela no Dragão, da mesma forma que espero também ouvir uma forte assobiadela sempre que no Dragão alguém manifeste atitudes racistas.

Negativas certas atitudes das claques já descritas no parágrafo anterior. É verdade que não tenho grande consideração pelo comportamento das claques (sejam elas de que clube forem), ou melhor pela forma como estão organizadas, em minha opinião as claques devem existir para organizar o apoio à respectiva equipa de princípio a fim do jogo, por isso tudo o que ultrapasse este princípio ultrapassa a legitimidade de uma claque.

Negativa também a minha atitude em relação à equipa, porque estou demasiado ansioso e impaciente e por isso algumas críticas podem ser injustas, mas parece-me evidente que a equipa está a subir de rendimento e só precisa de um pouco mais de sorte na finalização, em particular o fabuloso Luís Fabiano.

Positivo o resultado e a boa exibição de alguns jogadores, em particular Diego e Benny McCarthy (mas não só), que começam a mostrar entrosamento e que nos garantem um futuro cheio de êxitos, como diz a canção do Pedro Abrunhosa: "é preciso ter calma e não dar o corpo pela alma".

Notas de rodapé: Tencionava escrever sobre o assunto mais próximo da visita do Chelsea de Mourinho ao Dragão, mas já que estou com o lanço todo... fica já dito aqui, embora deva regressar ao assunto, depois do episódio da cuspidela e da atitude digna de Mourinho (mostrando carácter e não querer confundir um grupo de mal-educados com os portistas e sobretudo de respeito ao Clube o que esses ou esses energúmenos não tiveram), um elemento responsável da claque que teve a tal atitude veio afirmar publicamente (e até teve cobertura jornalística) que não só não se arrependia como iriam fazer a vida negra a Mourinho quando ele viesse ao Porto. Perante tais afirmações pergunto se as claques servem para apoiar a equipa ou para a prejudicar? De certeza que no interior das claques existe muita gente com qualidade, então não se deixem manipular e façam a vossa revolução no interior das respectivas claques, pois como se costuma dizer: quem cala consente ou está de acordo, digo eu. Doutra formade nada valem as claques e os clubes não devem dar qualquer privilégio ou apoio àqueles que, em vez de o apoiarem, o prejudicam, e quem quiser organizar uma claque que fique sujeito às mesmas regras que qualquer outro apoiante.

Já vi atitudes muito interessantes por iniciativa das claques portistas, mas não calarei o meu protesto sempre que presenciar atitudes que considere menos correctas, venham de onde vierem, sejam as claques, Pinto da Costa, Vítor Fernandez, Jogadores, Mourinho, ou alguém ligado, agora ou no passado, ao clube. De igual modo não deixarei de aplaudir os mesmos, ou outros, sempre que, segundo o meu critério, tenham um contributo positivo para o FC Porto, em particular, e o desporto em geral.

Para terminar, quando Mourinho entrar no Dragão como treinador do Chelsea, vou levantar-me e aplaudi-lo de pé (espero que a esmagadora maioria da tribo portista faça o mesmo), não por aquilo que é pessoalmente (que até não me diz nada), mas pelo serviço que fez nos dois anos e meio que esteve à frente do nosso FC Porto, a partir desse momento inicial passsarei a apoiar, do princípio a fim, o nosso FC Porto, como aliás já o tinha feito com o aplauso a Mourinho, pois ao fazê-lo, mais do que à pessoa, estive a aplaudir o meu clube e quem contribuiu para os seus êxitos mais recentes. Porque só há uma História e essa não se apaga nem se reinventa. No fim do jogo estarei a aplaudir os meus jogadores pela excelente exibição que fizerem, independentemente do resultado final, que espero que seja uma vitória concludente e brilhante que está perfeitamnete ao seu alcance.


FC Porto, 3 - CF Belenenses, 0


Finalmente uma vitória dilatada e logo contra uma das equipas melhor orientadas e que tem praticado melhor futebol na presente temporada.

No entanto o FC Porto mostrou ainda algumas das deficiências habituais sobretudo ao nível da fluidez de jogo e interligação de sectores e também na finalização. Aliás é mesmo aqui, na finalização, que a equipa tem falhado mais, apesar de muitas vezes fazer um futebol desgarrado a verdade é que cria bastantes, ou suficientes (para não exagerar), oportunidades para fazer golo que depois não consegue concretizar. Já foi dito noutro artigo qualquer deste blog, que McCarthy tem de jogar mais tempo, nesta fase de adaptação de Luís Fabiano talvez fosse melhor que McCarthy fosse a primeira opção ou, no mínimo que jogasse meia parte do desafio.

A assistência média aos jogos continua a ser mais do que razoável, ontem assistiram ao jogo 39.418 adeptos de futebol, que conseguiram apreciá-lo a espaços.

Nota positiva para as exibições de Giorkos Seitaridis, Ricardo Rocha, Costinha, Maniche, Diego e McCarthy. Não quer dizer que os outros tenham jogado mal, mas ou porque estão a recuperar de lesões prolongadas (Derlei), ou porque estão ainda em fase de adaptação (Luís Fabiano, embora aqui também tem havido alguma falta de sorte que irá ser ultrapassada não tarda), ou porque tem pouco jogo nas pernas (Carlos Alberto, tal como McCarthy precisa de mais tempo de jogo), ou porque mostrararm alguma falta de entendimento (Pepe e Pedro Emanuel, aqui tem havido mexidas em quase todos os jogos e neste sector precisa de haver uma sincronia total entre os centrais para que nada falhe, é preciso mais treino entre todas as opções possíveis). Quanto aos restantes: Víctor Baía pareceu-me algo intranquilo (será fruto da falta de confiança no entendimento entre os seus centrais?); Ricardo Quaresma é um fantasista, mas peca por querer inventar de mais, duas ou três jogadas de génio por desafio é pouco, tem de jogar mais para a equipa. Hugo Leal jogou pouco e não trouxe nada de novo à equipa.


A arbitragem pareceu-me pouco segura. Quanto à falta de Juninho que justificou a sua expulsão confesso que no jogo fiquei com a ideia que foi justa, mas estou na bancada nascente e a jogado passa-se junto da bancada poente, por isso não posso ajuizar com rigor, ainda não vi as imagens na televisão, mas já li que foi mal expulso. Que me lembre não vi qualquer penalti por assinalar. A arbitragem não foi boa nem isenta e a mim interessa-me que elas sejam boas e isentas. Acho que os erros da arbitragem estão basicamente relacionados com a falta de qualidade demonstrada por este árbitro neste jogo. Qualidade precisa-se, não entro no jogo das insinuações, porque só posso falar sobre aquilo que vi, o que eu quero é que nada nem ninguém estranho ao jogo possa influenciar o resultado e a consequente distribuição dos pontos. Neste jogo houve erros graves da arbitragem, mas o FCP jogou mais do que suficiente para justificar a vitória até por números mais dilatados, embora reconheça que o Belenenses foi a equipa mais prejudicada pelas decisões do árbitro (mais pelo que li à posteriori, do que pelo que observei no jogo), assim como acho que para repor alguma justiça no resultado o Belenenses também merecia o seu golito.


sexta-feira, outubro 01, 2004

Liga dos Campeões





Grupo H (ao fim de 2 jornadas)

6 pontos
4 pontos
1 ponto
0 pontos


Na época passada o FC Porto começou mal o Campeonato Nacional e a Liga dos Campeões. Nos campeões, ao fim da 2.ª jornada tinha empatado fora com o Partizam de Belgrado e perdido em casa com o Real Madrid, tinha portanto o mesmo mísero ponto desta época, mas não voltou a perder na Liga dos Campeões e, no final da época era Campeão Nacional e Europeu. Quem sabe se a graça não se repete este ano, pode ser difícil, mas nada é impossível e os campeões só o são no fim, nunca no princípio.

quinta-feira, setembro 30, 2004

Taça UEFA


Infelizmente apenas duas equipas portuguesas passaram à fase seguinte da Taça UEFA, estão portanto de parabéns o SL Benfica e o Sporting CP. Ambas somaram 10 pontos para o ranking português, defrontaram adversários acessíveis e cumpriram a sua obrigação.

As restantes três equipas apenas somaram 4 pontos para o mesmo ranking e foi evidente a falta de experiência de CS Matimo, CD Nacional da Madeira e SC Braga nas competições internacionais. Continuo a achar que a Superliga portuguesa apenas deveria ter 16 clubes.

Voltando à análise das prestações destas três equipas. Não há dúvida que as equipas madeirenses tiveram pela frente duas das mais experientes equipas europeias, o Glasgow Rangers e o Sevilha, O Marítimo ganhou o primeiro jogo em casa por 1 - 0, e perdeu o segundo, na Escócia, por igual resultado, tendo morrido na praia na marcação das famigeradas grandes penalidades. Vi quase toda a primeira parte e o prolongamento e achei que o Marítimo se bateu com muita categoria, embora na segunda parte, segundo ouvi dizer os comentadores televisivos, tenha baixado de rendimento. Apesar de eliminado bateu-se bem, está por isso de parabéns e conseguiu 3 pontos para o ranking nacional.

Não vi nenhum dos jogos das outras duas equipas portuguesas, Nacional e Braga, mas pelos resultados do Nacional frente ao Sevilha, embora tenha somado duas derrotas foram-no por números equilibrado e, tanto quanto me lembro, foi a primeira vez que participou numa competição europeia, está também o Nacional de parabéns, apesar de não ter conseguido qualquer ponto para o ranking português, mas bateu-se e chegou até onde lhe foi humanamente possível.

Quanto ao Braga lamento não poder tecer grandes elogios, pois apesar de ter empatado em casa, tinha perdido na Escócia por 3 - 1 com uma equipa que, confesso, desconhecia totalmente. O resultado do Braga foi para mim uma desagradável surpresa, sobretudo depois de ter visto o excelente jogo que fez fente ao Benfica na Luz, na última jornada da Superliga. Nota negativa para o Braga, atenuada pelo pontinho que alcançou para o ranking nacional.

Em resumo, 14 pontos alcançados pelas cinco equipas portuguesas envolvidas na Taça UEFA não foi mau, pena é que nesta competição só duas tenham hipótese de continuar a pontuar, pois então que façam o maior número de pontos possíveis.


Chelsea FC - FC Porto


Jogo intranquilo do FC Porto, em particular na defesa. Resultado avolumado devido a deficiências de marcação nos lances de bola parada, pareceu-me que o Vítor Baía foi mal batido em dois lances, mas ainda não vi qualquer repetição dos lances de golo para poder ajuizar com maior rigor.

3 - 1


Já aqui falamos na falta que fazem mais dois laterais de raiz e de qualidade ao FC Porto. Apesar do Jogo esforçado de Bosingwa e Ricardo Costa a verdade é que se nota a falta dos lesionados Giorkos Seitaridis e Nuno Valente. Enquanto só um dos dois esteve lesionado ainda se pode recorrer a um dos dois recursos referidos, mas com os dois lesionados e um ataque experiente e de qualidade como o do Chelsea, aliado ao conhecimento que Mourinho tem dos jogadores do FC Porto e à juventude daqueles dois excelentes polivalentes, seria dificil travar as investidas atacantes do Chelsea.

Algumas notas de rodapé: O FC Porto já tenta a pressão alta, mas ainda não demonstra nem objectividade nem continuidade; Diego está a ambientar-se e aos poucos começa a transformar-se no patrão do meio-campo; Carlos Alberto precisa de mais oportunidades: Derlei ainda está longe da forma a que nos habituou, mas o ninja está a crescer; Quaresma tem dias, ou melhor, tem momentos, mas anda praticamente todo o jogo escondido; Luís Fabiano ainda não está adaptado ao futebol europeu e ainda se nota alguma falta de entrosamento com os colegas, ou dos colegas com ele, mas vai ainda dar muitas alegrias ao FCP; McCarthy sempre lutador e oportuno; Hélder Postiga parrece-me um pouco indisciplinado e individualista, mas isso corrige-se, se houver trabalho do treinador; Pedro Emanuel infelizmente não jogou; Maniche está como a equipa, joga bem, mas não ainda de forma continuada; Costinha tem estado bem, sempre igual a si próprio, batalhador e eficaz na sua zona; Baía, já o disse anteriormente, pareceu-me mal batido em pelo menos dois golos; Jorge Costa e Pepe tiveram alguns lances de qualidade, mas mostraram-se algo intranquilos, sobretudo Pepe; é urgente trabalhar as bolas paradas, quer na defesa, quer no ataque, na marcação de livres e com a saída de Deco e a pouca utilizaçãp de McCarthy, não existe ainda ninguém que se possa assumir como marcador de serviço e todos sabemos como são importantes, no futebol moderno, os lances de bola parada, aliás este jogo demonstrou isso mesmo.

Notas d'A Chama do Dragão


Nota positiva para a excelente participação dos atletas paralímpicos portugueses e em especial para os que alcançaram as 12 medalhas, mas todos, sem excepção, estão de parabéns.

Nota negativa para a intranquilidade da equipa do FC Porto, que ainda não consegue dar continuidade ao futebol de qualidade que consegue exibir a espaços.

Nota positiva para Mourinho, não por ter derrotado o FC Porto, mas por continuar a demonstrar que é um grande treinador. A sua passagem pelo FCP nunca será esquecida, mesmo que alguns energúmenos semi-analfabetos continuem a tentar denegrir a sua imagem, confundindo possíveis casos pessoais com o grande profissionalismo e qualidade de treinador de Mourinho. A Mourinho a Chama do Dragão deseja os maiores êxitos profissinais, excepto quando defrontar o FCP, desta vez não aconteceu, mas ainda temos o jogo da segunda volta, o qual espero que o FCP ganhe com uma grande exibição e que Mourinho seja recebido no Dragão como merece, isto é, com um forte aplauso da maioria dos portistas que reconhecem a qualidade profissional e o mérito de Mourinho nas conquistas do FCP dos dois últimos anos: dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça de Portugal, uma Taça UEFA e uma Taça da Liga dos Campeões. Porque a História não se apaga nem se reescreve.


terça-feira, setembro 28, 2004

Feliz Aniversário!


No dia 28 de Setembro de 1893 José Maria Nicolau fundava o FC Porto.




Está o nosso clube de parabéns pelos seus 111 anos cheios de vitalidade e ambição num futuro cheio de títulos.


sábado, setembro 25, 2004

VSC Guimarães, 0 - FC Porto, 1


Grande atitude e grande resposta do grupo de trabalho às contrariedades e adversidades que têm marcado este início de época lá para as bandas do Dragão.

Grande parte dos portistas, para não dizer a maioria, habituada a ganhar estava descrente na equipa, nós próprios atravessamos momentos de algum desânimo e de dúvida, mas o grupo de trabalho (jogadores, equipa técnica e dirigente) soube dar a resposta que todos queriamos: que voltasse o espírito de solidariedade e de luta que tem marcado o FC Porto nas últimas décadas.

O espírito do dragão esteve em evidência em Guimarães, lutando contra todas as adversidades fossem elas a ansiedade, os azares, as más decisões da equipa de arbitragem (fossem elas reais ou imaginadas). Contra tudo lutaram os bravos dragões e arrancaram uma vitória a ferros que podia, e até devia, ter sido mais expresiva e fácil, tendo em conta a luta e o espírito de equipa e de solidariedade que está de regresso ao FC Porto.

Podemos não ganhar sempre, mas queremos que este espírito lutador e solidário se mantenham, porque ele é que caracteriza esta equipa.

Para todos aqueles que pensavam, à terceira jornada, que o seu campeonato iria ser um passeio, que se cuidem, porque o Campeão está de regresso.

Bravo rapazes! Mostrem a mesma garra e espirito lutador no próximo jogo em Londres contra o Chelsea. Independentemente do resultado, que todos esperamos que seja a vitória, desde que mostrem o empenho que demonstraram em Guimarães terão sempre o nosso forte apoio.

Já sabia que tinhamos excelentes jogadores, do melhor que há, agora acreditamos que a equipa também está a emergir.


sexta-feira, setembro 24, 2004

Notas d'A Chama do Dragão


Agora com os problemas do início do ano lectivo, resolvi, sempre que tal se justifique, fazer uma avaliação sumário a alguns acontecimentos da semana. Neste tipo de observações irei priveligiar os relacionados com o meu FC Porto (para o bem e para o mal), também me referirei aos acontecimentos desportivos em geral, poderei ainda atribuir alguma classificação a outros clubes, mas essa será a excepção, não a regra (como já afirmei nalguns comentários, cada um que trate da sua própria casa).

Nota positiva para a recente entrevista do Jorge Costa. Impunha-se que perante as últimas exibições da equipa viesse de dentro alguma reacção que assumisse que as coisas não estão bem, mas que também continua tudo em aberto, desde que a qualidade individual dos jogadores, a sua vontade e espírito ganhador, consigam transformar o individual em colectivo. Jorge Costa pôs o dedo na ferida ao afirma que o FC Porto ainda não tem equipa. Ora compete ao corpo técnico e aos jogadores dar a volta e potenciar a qualidade que existe.

Nota positiva também para os atletas paralímpicos e em particular para os, para já, três portugueses medalhados.

Nota negativa para o aparecimento de doping nos jogos paralímpicos, o mau exemplo dos atletas olímpicos e a ânsia de ganhar a qualquer preço leva a que o espírito olímpico comece também a ser seriamente ameaçado no seio dos atletas paralímpicos.


quinta-feira, setembro 23, 2004

Constatações


O FC Porto tem quatro pontas de lança, Luís Fabiano, Benny McCarthy, Hélder Postiga e Hugo Almeida, normalmente só jogo um, excepcionalmente dois.

O FC Porto tem um lateral direito, Giorkos Seitaridis e um lateral esquerdo, Nuno Valente, se se lesionar algum deles, ou os dois, onde estão os laterais de raiz para assumir o lugar? Onde estão Rossato, Hugo Ibarra, Mário Silva?...

E Pedro Mendes? Porque é que foi embora? Porque é que se compraram tantos jogadores para depois os por a rodar em equipas nacionais ou estrangeiras? Será fruto do novo-riquismo?

Será que Ricardo Costa e Bosingwa terão mesmo de fazer qualquer lugar na equipa? E jogar? Também terão de o fazer, ou basta-lhes fazer o que faz a maioria dos companheiros de equipa? Ocupar o lugar e esperar que as coisas saiam bem.

Salvem-se algumas excepções, é claro.


FC Porto, 1 - UD Leiria, 1


Bolas FCP e SCP estão com os mesmos 3 pontos ao fim de três jornadas, a diferença é que o primeiro só empatou e o segundo já ganhou uma vez. Será que vou ter de dar razão ao Dias da Cunha e dizer que é o sistema?...

Não me parece. Talvez mais perto da verdade ande o meu amigo Neves da Voz do Seven, fervoroso adepto da Briosa, quando diz que são uns empatas. Como todos sabemos os empatas são aqueles que nem f..., quero dizer, nem fazem nem deixam fazer.

Quanto ao jogo em si, já nem vale a pena fazer comentários. A única alteração em relação aos jogos anteriores é que a equipa teve um forte apoio dos 37.310 adeptos que estivera a presenciar um espectáculo desgarrado, desmotivado e desinteressante. Desta vez o FC Porto fez uma primeira parte com aspectos interessantes, sobretudo ao nível individual, mas com muitas falhas no colectivo, o que prova que há bons jogadores , mas que não saben jogar em conjunto. A segunda parte foi o descalbro total, nem a nível individual a equipa se safou, foi igual, ou pior, às primeiras partes dos jogos anteriores.

O público desesperou e esmoreceu e no fim já não conseguia apoiar a equipa, era de facto impossível continuar a apoiar onze tipos, mais as substituições, que estiveram a dar uns pontapés na bola, no sentido de maltratar mesmo (nem mesmo o que de bom foi feito durante o primeiro tempo serve para atenuar), durante 90 minutos, não honrando o clube que representam, nem merecendo o dinheiro que ganham.

A impressão que fica mais viva é sempre a última, se nos últimos jogos depois de uma primeira parte desastrosa se assistia a uma segunda parte francamente melhor, o que nos abria esperanças para o futuro e nos levava a acreditar que havia alguma falta de entrosamento devido à forma atribulada como a época começou, agora essas esperança parecem esfumar-se completamente. A nós portistas parece que nos resta termos consciência que estamos na presença de uma equipa vulgar, ou até abaixo disso. De quem é a culpa de tamanho descalabro? Só seu que dos sócios e adeptos não é, porque estes apoiam a equipa até ao desespero.

Há muita coisa que desconhecemos e o Presidente Pinto da Costa não está isento de responsabilidades e de críticas, sobretudo depois da novela Del Neri, até porque ninguém ficou a perceber se era, ou não, o treinador indicado para o FCP, como ele deve estar a rir-se agora. É incompreensível que numa equipa como a do FC Porto, onde tudo tem fama de ser planificado até à exaustão, tenham contratado um treinador que, segundo dizem, não correspondia ao perfil da equipa e, com esse acto irrefletido, se tenha comprometido, ou possa vir a comprometer, uma época.

Mudar um sistema de jogo não é assim tão traumático e os profissionais, que são adultos, têm de adaptar-se e trabalhar de acordo com o sistema de jogo desejado pelo treinador, que é o único patrão da equipa, e só se esse sistema não der certo é que então deve ser questionado, nunca antes de ser testado em circunstâncias reais. É melhor ter um sistema de jogo novo do que não ter sistema nenhum. Também não me parece que o problema esteja nos treinadores, talvez esteja mais no vedetismo de alguns jogadores, quer sejam eles chegados de novo à equipa, quer já cá estejam há algum tempo, mas disso eu não sei nada porque sou simplesmente sócio e adepto do FC Porto e não ando nos meandros mais ou menos obscuros e lodosos em que se movem os clubes, nem me interessa. Como portista e pessoa o que me interessa é honestidade, transparência e profissionalismo, por isso se há algo de obscuro é bom que se esclareça rapidamente. Desafio os portistas que tenham conhecimento de algo, a partilharem connosco o seu conhecimento clarificador na secção Opiniões Alternativas.

Pra já que viva o FC Porto e quem o apoiar!


domingo, setembro 19, 2004

Dias da Cunha, o Sistemático


Por norma, não me lembro sequer (embora possa eventualmente ter acontecido nalguma situação pontual), a Chama do Dragão não tece comentários em relação aos outros clubes e respectivos dirigentes, pelo contrário já temos aqui criticado algumas vezes o nosso presidente, o que sempre faremos quando não concordarmos com alguma das suas decisões, portanto não somos nem fundamentalistas nem dogmáticos e defendemos o princípio de que cada qual cuide da sua casa, mas às vezes a paciência esgota-se.

Somos de opinião que todos os clubes são adversários no campo, mas fora dele, são intituições, ou indústrias, cujos objectivos são comuns. Por isso transportar as quezílias clubísticas (inúteis, mas inevitáveis), do campo lúdico para o campo empresarial é perfeitamente idiota, antiquado e penalizador para o desporto português, em particular o futebol.

Este arrazoado vem a propósito de, mais uma vez, Dias da Cunha, persistir na lenga-lenga do sistema. Ele é o sistema para aqui, o sistema para ali e, sempre que o Sporting tem um resultado menos bom, ou mau, lá vem o discurso do sistema. Tudo em bom futebolês insinua-se isto, acusa-se aquele, mas não se dá nem uma prova. Se Dias da Cunha não apresenta provas incriminatórias do que afirma, ou se os visados o ignoram, é nosso dever, como cidadãos e adeptos da transparência e da urbanidade, exigir que a Polícia Judiciária inicie uma investigação criminal para pôr a claro tudo o que se passa de obscuro (se se passar) no futebol e, no fim, que sejam julgados e condenados os culpados ou os difamdores.

Estamos todos cheios destas atoardas terroristas destituídas de sentido e cuja finalidade pode inclusivamente vir a penalizar mais o Sporting do que os seus adversários, pois quer o Sporting, quer os sportinguistas não merecem que um presidente que coloque o seu clube em maus lençóis só porque era grande amigo do outro, mas como deixou de o ser, por quealquer motivos mais ou menos trivial, desate num disurso de picareta falante, que não leva a lado nenhum.

Estamos cheios de Octávios Machados ou de Dias da Cunha e outros da mesma laia, vocês sabem do que é que eu estou a falar.


FC Porto, 2 - Estoril, 2


Cheguei ao estádio atrasado e não sabia como estava o resultado até me sentar no meu lugar e ter reparado que o FCP perdia por 1-0. Nesse preciso momento Luís Fabiano marcou o golo de empate.

Não gostei do que vi até ao fim da 1.ª parte. O FCP jogou mal, muito mal. No intervalo perguntei aos parceiros do lado como tinha decorrido o jogo até ter chegado disseram-me que a equipa parecia nem estar em campo.

Começou a segunda parte e apesar de se manter um jogo atabalhoado e confuso, em que cada jogador parece ainda desconhecer qual é o seu lugar e, sobretudo a sua função e posição dos diferentes colegas, a atitude passou a ser bem diferente da demonstrada na primeira parte. O FCP pressionou, controlou a bola, rematou e, sobretudo, criou várias situações de perigo em que o golo só não se concretizou porque na baliza do Estoril esteve um ilustre desconhecido que dá pelo nome de Jorge.

Em resumo o jogo não valeu grande cois, apesar de ter melhorado na segunda parte, o treinador ainda não tem uma táctica de jogo defenida e ainda parece andar a ensaiar várias alternativas, compreende-se, mas começa a ser urgente a equipa ser mais audaz e concretizadora, pois no capítulo da concretização as percentagens foram supreeendentes: FC Porto 9,52%, Estoril 66,67%. Meus senhores há que treinar e afinar essa pontaria.

Uma última palavra para o guarda-redes estorilista Jorge. Espero que não tenha feito a exibição da sua vida, porque assim perder-se-ia mais um excelente guarda-redes. Se Jorge conseguir manter, ou até mesmo melhorar, as suas performences, estamos na presença do próximo guardião das redes nacionais, isto se o critério do seleccionador for o de escolher o melhor e não optar por outro qualquer critério pessoal ou imposto. Um bocadinho de veneno fica sempre bem.


quarta-feira, setembro 15, 2004

UEFA Fantasy Football 2004/05


A Chama do Dragão criou uma Liga Privada no UEFA Fantasy Football chamada Dragonfly.




Para quem estiver interessado em divertir-se connosco, fica no fim deste post o código que permite a adesão à nossa Liga. Lembramos que quem ainda não está registado no UEFA Fantasy Football o tem que fazer primeiro para depois poder aderir à Liga Dragonfly:


6814-1707


terça-feira, setembro 14, 2004

FC Porto, 0 - CSKA Moscovo, 0


Foi um jogo mauzito e atabalhoado.

Empatamos com azar, mas com um bocadinho mais de azar até podíamos ter perdido. Sejamos pragmáticos e tenhamos consciência de que a uma equipa com tais e tamanhas alterações, com um princípio de época atribulado e com um treinador que praticamente ainda não teve tempo nenhum para trabalhar com todo o plantel, não é possível exigir resultados imediatos.

O Mourinho, que tanto admiramos, veio para o FCP a meio de uma época perdida e teve tempo para ir trabalhando a equipa e para a construir à sua imagem. Sejamos pois pacientes, a matéria-prima existe, falta fazer dela uma equipa e fazer uma equipa demora o seu tempo. A nossa prioridade deve ser o Campeonato Nacional e depois tentar chegar tão longe, quanto for possível, nas restantes competições.

Sejamos então pacientes e apoiemos a equipa, que é nesta altura que ela mais precisa do nosso apoio e carinho.


50.000


Então mais logo lá estarei no Dragão, eu e mais 49.999 portistas, para apoiar e incentivar a nossa equipa para mais uma vitória.

Ânimo pessoal que esta equipa vai dar-nos muitas alegrias.


domingo, setembro 12, 2004

Campeão 2004/05 (Sondagem)


Convido todos os visitantes (e não só os portistas) a passarem pelo centro de sondagens d'A Chama do Dragão e participarem na adivinhação do Campeão da Superliga Portuguesa na presente época.




É fácil é só clicar no link acima e votar na sua própria opção.


sábado, setembro 11, 2004

Jogos Paralímpicos - Atenas 2004


Vão iniciar-se os Jogos Paralímpicos - Atenas 2004.

A Chama do Dragão deseja a todos os atletas presentes e em especial aos que representam Portugal os maiores êxitos e que o espírito olímpico esteja presente em todos.




Que os Portugueses prestem a máxima atenção a estes espectaculares jogos e saibam acarinhar todos os nossos magníficos atletas e não só os que conseguirem conquistar medalhas.

A sua presença nos Jogos já é uma vitória que pode, e deve, ser partilhada por todos nós.


SC Braga, 1 - FC Porto, 1


Não posso fazer grande análise ao jogo, pois não vi toda a primeira parte e a segunda só a espaços. No entanto segundo o que ouvi e tirando os habituais casos do jogo, o resultado parece certo.

Na primeira parte o FC Porto parce ter sido mais pressionante, na segunda esse papel parece ter cabido ao SC Braga.

Nota-se qua ainda há muito trabalho a fazer pelo campeão, mas as potencialidades estão lá, só precisam de encontrar o caminho para as por em prática.

Há dois anos o FC Porto começou com um empate em casa frente ao Belennses e conseguido por Jankauskas já nos descontos, no fim o FC Porto conseguiu uma época de ouro com a vitória no Campeonato, na Taça de Portugal, na Supertaça Portuguesa e na Taça UEFA, portanto este empate até pode vir a ser um bom presságio.


domingo, setembro 05, 2004

A Solidariedade nunca é Demais


Li, na Voz do Seven, este pedido de divulgação de um caso que já se arrasta há demasiado tempo e não quis deixar de me associar a esta iniciativa, pedindo a todos os blogueiros, que eventualmente passem por aqui, para fazer o mesmo.

Sejamos então solidários e tentemos contribuir de algum modo para a tentativa desesperada de uns pais que procuram saber o paradeiro do seu filho raptado, o Rui Pedro.




quinta-feira, setembro 02, 2004

Rescaldo de Atenas 2004


Num país em que o desporto é o parente pobre de um país pobre de espírito ainda há atletas que, graças ao seu esforço pessoal à qualidade dos seus treinadores, ainda nos vão dando umas alegrias de vez em quando.

Se fizermos uma distribuição de medalhas em função da população de cada um dos países medalhados verificamos que Portugal deve estar entre os 10 ou 12 primeiros, com 1 medalha para cada 3,3 milhões de habitantes. Notável, sobretudo para um país em que os responsáveis pela política educativa não constróiem pavilhões gimnodesportivos nas escolas. Poucas são as que contam com esse privilégio, mas depois são os políticos os primeiros a aprecer para a fotografia.

Nem tudo correu bem, mas vamos começar pelos nosso heróis, passar pelo lado negro e voltar às esperanças, sem esquecer todos os outros que tiveram um comportamneto digno e de acordo com as suas possibilidades.

Destaques principais par Sérgio Paulinho (Medalha de Prata no Ciclismo), Francis Obikwelu (Medalha de Prata nos 100m, com novo record nacional e europeu e 5.º classificado nos 200m) e Rui Silva (Medalha de Bronze nos 1500m).





Depois dos heróis passemos ao lado negro. Já aqui foi afirmado noutro post que foi vegonhos a representação da Selecção Olímpica de Futebol, composta por meninos mimados e indisciplinados armados em vedetas, salvo raras e honrosas excepções, mas aqui os responsáveis principais até não são os jogadores, mas sim o treinador/seleccionador nacional e, quanto a mim, principalmente esse autêntico intelectual da bola que dá pelo nome de Gilberto Madaíl, presidente da FPF. Mais dois aspectos negativos, estes no atletismo, não me lembro do nome dos atletas, mas um afirmou, depois de concluída a prova em que participou, salvo erro em último lugar, que estava feliz e que perder era bom, palavras para quê, o outro foi o tal que disse que treinava com sapatilhas rotas e que estava em Atenas às sua próprias custas. sem comentários.

Mas voltemos às alegrias. Grande destaque para as jovens promessas do desporto nacional Nuno Merino (6.º lugar no Trampolim), Vanessa Fernandes (8.º lugar no Triatlo) e Emanuel Silva (7.º lugar em Canoagem, 1000m K1).




Destaques ainda para Alberto Chaíça (8.º lugar na Maratona) e para os velejadores João Rodrigues (6.º lugar na classe Mistral), Álvaro Marinho e Miguel Nunes (7.º lugar na classe 470) e Gustavo Lima (5.º lugar na classe Laser). De salientar ainda o 9.º lugar da dupla Miguel Maia/João Brenha em Voleibol de Praia, apesar da lesão de João Brenha que o afastou da competição durante todo o ano. Também convém não esquecer o 7.º lugar alcançado pelos judocas João Pina (categoria - 66 Kg) e João Neto (categoria de -73 Kg). Finalmente também merece destaque o 13.º lugar de Manuel Damião nos 1500m.

Dos restantes lamenta-se a lesão de Nuno Delgado (Judo) que o impediu de lutar por uma medalha. Os restantes lutaram dignamente pelo que lhes era humanamente possível e se não foram mais longe foi porque não puderam ou porque os adversários foram melhores.

Espero não ter cometido a injustiça de ter deixado alguém de fora que merecesse um maior destaque, se isso aconteceu peço desde já as minhas desculpas aos eventuais lesados.

Não quero terminar este artigo sem fazer uma referência ao atleta brasileiro Vanderlei Lima. Este atleta corria isolado no primeiro lugar, a 7 ou 8 quilómetros da meta, com meio minuto de avanço sobre o segundo classificado, quando foi atacado por um energúmeno que o obrigou a parar e a perder o ritmo da corrida que teve de recuperar com maior esforço, mesmo assim terminou em 3.º lugar.




Duas notas negativas relativas a este incidente. Em primeiro lugar o Comité Olímpico Internacional e a Comissão Organizadora dos Jogos deviam ter atribuído a medalha de ouro a Vanderlei para o compensar do ataque de que foi vítima e o impediu, provavelmente, de chegar à meta em primeiro lugar. A outra nota negativa vai para os advesários de Vanderlei que demonstraram falta de fair-play e o ultrapassaram aproveitando o incidente de que aquele foi vítima, quando a sua obrigação, como desportistas, era a de terem parado, aguardar que tudo fosse sanado e então depois continuar a prova e que vencesse o melhor. Mesmo assim já estavam a beneficiar de terem recuperado o atraso que tinham em relação ao brasileiro.


terça-feira, agosto 31, 2004

Supertaça Europeia 2004


Há dias perguntava-me o meu amigo Neves da Voz do Seven se eu estava de ressaca devido ao resultado da Supertaça Europeia. Pequena provocaçãozita de um muito querido amigo benfiquista, pronto o Neves também é da Académica e do Santa Comba, sim, o clube da terra do Botas de onde o Neves é natural, mas com o qual não tem qualquer tipo de afinidades, da mesma forma que eu também sinto um certo carinho pelo Salgueiros, pois sou natural de Paranhos, mais concretamente da Rua de Silva Porto, e vivi durante largos anos naquela freguesia do Porto. Em resposta posso dizer-te, dizer-vos, que não, não fiquei de ressaca, fiquei um pouco chateado, mas em segundos tudo voltou à normalidade. O futebol é o escape, não a vida real, mas é como o dinheiro, ajuda a ultrapassar as nossa frustrações do dia-a-dia.

Depois deste preâmbulo passemos à análise do jogo.

De um lado tivemos uma equipa cuja preparação vai adiantada e sem sobressaltos e portanto já são visíveis certos automatismos que lhes permitiram chegar à vitória final.


1 - 2


Do outro tivemos uma equipa que começou a sua preparação de forma deficiente, pois nunca pode contar com todos os seus jogadores, quer devido às férias merecidas para os que tiveram uma época tão longa, quer devido aos compromissos com a selecção olímpica, quer ainda devido a saídas importantes, a lesões de jogadores-chave, quer ainda à contratação e dispensa de vários jogadores. Acresce a tudo isso o erro crasso de Pinto da Costa com a contratação de Del Neri, pelo menos a ver pelo seu rápido despedimento e a sua substituição por Victor Fernandez. Não sei se Del Neri era ou não o treinador indicado para o FC Porto, o homem era simpático, mas não teve qualquer oportunidade de demonstrar o seu valor, se é que o tem. Quanto a Fernandez, entrou muito bem na equipa, mas esta só agora dá verdadeiros sinais estar a começar a estar fechada e o tempo de preparação e correcção é ainda escasso.

De sublinhar que ao reconhecer o erro na contratação de Del Neri, o FCP e Pinto da Costa não hesitaram e resolveram o problema no timing certo e não ficaram à espera de um novo fenómeno Octávio Machado, salvaguardadas as devidas diferenças dos personagens em questão.

O jogo foi muito táctico e com poucas oportunidades de golo, as quais foram avidamente aproveitadas pelo Valência e desperdiçadas pelo Porto, aqui o factor sorte foi importante. Durante os 90 minutos assistiu-se a um jogo equilibrado e não muito emotivo, em que ambas as equipas tiveram alternadamente períodos de maior predominância, talvez o Valência um pouco mais. No fim o resultado aceita-se prefeitamente pois o Valência foi a equipa que soube tirar melhor partido da sua preparação mais avançada e das características dos seus jogadores.

Por fim não quero deixar de dizer que não fiquei desanimado quanto ao futuro. O FCP tem uma excelente equipa, reforçada agora com a contratação do internacional brasileiro Luís Fabiano, com excelentes condições de trabalho par poder lutar em todas as frentes, onde as principais prioridades serão vencer o Campeonato Nacional e passar à segunda fase da Liga dos Campeões, tarefas que me parecem perfeitamente ao alcance da equipa. Depois tudo o que vier por acréscimo é, será, bom.

Estou esperançado em mais uma época recheada de êxitos.