quarta-feira, dezembro 07, 2005

FC Artemedia 0 - 0 FC Porto

Como é possivel que a UEFA autorize que se realizem jogos em tamanhos lamaçais, batatais, campo de minas ou o que lhe quiserem chamar.

Na passada sexta-feira, quando me deslocava para o Estádio do Dragao para assistir ao FCP-SCP, ia a ouvir a TSF e, a certa altura, o jornalista desportivo de serviço, dizia que o relvado do Estádio do Dragão estava em péssimas condições, empapado, alagado... e mais alguma adjectivação que agora mão recordo. Na altura fiquei com a ensação que iria encontrar um relvado semelhante ao de Brastislava, mas surpreendente quiando cheguei ao Dragão vi um relvado em excelentes condições, onde a bola deslizava sem a mínima dificuldade. Não vi lama, não vi zonas empapadas, não vi lagos no relvado e, quando o jogo terminou o relvado mostrava estar em condições semelhantes às do início do jogo, isto é excelentes. Chama-se a isto objectividade na informação ou, se quiserem, rigor informativo desvirtuado por intervemção divina. Eu que até sou ateu começo a ficar com dúvidas...

É verdade hoje tinhamos o Artmedia-Porto? Então é suposto que se fale do jogo. Qual jogo? Eu não vi nenhum jogo de futebol ou será que estou com alucinações tal qual o jornalista da TSF.

Confirmou-se aquilo que toda a gente já esperava. Parece que em 10 jogos com o Artemedia, e segundo a tese do seu treinador, o FCP perde um, no entanto tudo indica que empará os próximos 8.

A BD entrou definitivamente na nossa linguagem. Depois de um treinador que mais parece o Professor Pardal, mas sem usar o dito chapéu dos pássaros pensadores, temos um Presidente que pode ser comparado ao Tio Patinhas, uma primeira-dama que é uma autêntica Clarabela, a SAD pode ser equiparada a uma mão cheia de Superpatetas, uma claque infestada por irmãos Metralha e Bafodeonças e uma massa adepta que se comporta como o Gansolino. Falta-nos o Gastão é certo, mas também nada pode estar exclusivamente dependente da sorte.

É verdade, acho que houve um jogo de futebol em Bratislava entre o FC Artemedia e o FC Porto. O resultado final foi um empate a 0, nada que não fosse de prever. Os melhores em campo? Bom os melhores em campo foram os jogadores, todos eles, os 22 mais as substituições e também o árbitro e os seus auxiliares.

Há pessoas que deviam sair na hora certa e pela porta grande que bem o mereciam, mas... Também temos um candidato à Presidencia que tem 80 anos...

Como é evidente não se pode ganhar sempre, não jogamos sozinhos e os outros também podem ser mais fortes do que nós, independentemente do nome que eventualmente possam ter. Mas cometer tantos erros em tão pouco tempo é demais. Nem faço mais nenhum comentário, basta que se olhe para a constituição da equipa e para as substituições que, quando e como foram feitas (estou à espera de ver jogar num dos próximos desafios o Marek Cech a lateral direito e o Ibson a guarda-redes) para compreender que o FCP nunca podia ganhar aquele jogo. Então num terreno daqueles o FCP joga maioritariamente com jogadores criativos e leves? Não havia mais peso pra por em campo para verticalizar o jogo? E o 3X2X5 é táctica de quê? Os defesas é que são os dstribuidores de jogo? O meio campo está la só para atacar ou para defender? O meio campo não está lá para construir para ser o cérebro da equipa? Os jogadores estão todos de parabéns, fizeram o que lhes foi humanamente possível. A culpa não é vossa.

Tantas perguntas, nenhuma resposta, ou melhor, sempre a mesma resposta.

Tá tudo grosso! Tá tudo grosso!

2 comentários:

ZGarcia disse...

Tenho uma cassete do Peñarol-Porto, na primeira Taça Intercontinental ganha, onde se vê que o estado do terreno de jogo era mil vezes pior do que o de Bratislava. E até estava mais frio, pois o "relvado" era uma papa de neve e gelo.
A diferença está na atitude dos jogadores. Também é verdade que a equipa actual é muito jovem.

Margarida V disse...

impressionante o campo, não sei como se pode jogar assim.
mas pelo menos ontèm ganhamos. :)