quinta-feira, janeiro 27, 2005

Taça de Portugal (1/8 de Final)


Raramente A Chama do Dragão tece algum comentário a jogos que envolvem os nossos adversários, a não ser em jogos directos com o FC Porto, mas este justifica-se, porque o Benfica-Sporting de ontem foi de facto um jogo interessante e emotivo. Só foi pena que a decisão da passagem à fase seguinte fosse discutida na lotaria dos pontapés de grande penalidade, quando as equipas construiram jogadas e criaram oportunidades de golo mais do que suficientes para decidirem o jogo nos 90 minutos regulamentares.

Como observador totalmente independente e sem qualquer preferência pela equipa que passasse à fase seguinte, reconheço que ambas praticaram um bom futebol e proporcionaram um excelente espectáculo que ajudou a promover o dito desporto-rei. Na lotaria dos pontapés de grande penalidade coube a sorte ao Benfica, mas o Sporting foi um digno vencido, pois qualquer das equipas tentou vencer o jogo.

De negativo aponto apenas três exemplos. Dois relativos a decisões graves da equipa de arbitragem que acabaram por ter influência no desenrolar do jogo e outro relativamente ao comportamento de alguns sectores do público (pouco entenda-se).

Nos dois primeiros casos estão a validação do golo de Liedson (porque estava fora de jogo) e a expulsão de Hugo Viana que resultou de uma embrulhada a meio campo entre este e João Pereira, que o árbitro não viu e o fiscal de linha não assinalou, e que nada de tão grave se passou que justificasse mais do que a exibição de um cartão amarelo a cada jogador, pois se Hugo Viana reagiu com um chega para lá na coxa de João Pereira este reagiu teatralmente (com a nítida intenção de enganar) como se tivesse sido vítima de uma violentíssima agressão. É aldrabice que não abona a favor do carácter do jogador (o ainda muito jovem João Pereira, que ainda está muito a tempo de corrigir este tipo de atitudes) e uma péssima decisão do árbitro, expulsando Hugo Viana, quando ainda por cima se encontrava de costas, pois o jogo já se disputava muito mais à frente.

A terceira situação resulta da atitude do público em alguns cantos favoráveis aos leões enviando os mais variados objectos para o relvado, ou mais propriamente para o jogador que se preparava para marcar os cantos, alguns deles bem perigosos, como foi o facto de dois telemóveis. Espero que no futuro estes ou outros bandos de energúmenos, adeptos destas ou de outras equipas, incluindo evidentemente os do FC Porto, não se lembrem de levar para os estádios os telemóveis velhos para se dedicarem a esta reprovável prática, cuja consequência só poderá ser a penalização da equipa cujos adeptos tiveram, ou venham a ter, tais atitudes.

Os próprios clubes, cujos estádios tem meios que permitem a identificação destes novos discóbolos, deveriam fazer uma vigilância apertada e penalizar severamente os maus adeptos, que são perfeitamente dispensáveis nos campos de futebol e que prejudicam, com atitudes condenáveis, que põe em risco a integridade física dos intervenientes, penalizando-os fortemente impedindo-os de entrarem nos seus recintos e colocarem os seus nomes numa base de dados partilhada por todos, incluindo a própria polícia, para que estes imbecis fossem de uma vez por todas banidos dos campos de futebol. Existem meios para isso, pelo menos nos novos estádios, e a criação da base de dados é um processo simples de concretizar.

Pequena nota especialmente dedicada ao nosso amigo Seven (Neves) da Voz do Seven (link aí ao lado direito): Aqui n'A Chama do Dragão lamentamos a eliminação da Briosa.

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