segunda-feira, março 28, 2005

Portugal, 4 - Canadá, 1

No passado sábado disputou-se um jogo amigável, em Barcelos, entre as selecções de Portugal e do Canadá. Os valores individuais de ambas as selecções ditavam a obrigatoriedade de vencedor mesmo antes do jogo se iniciar, mas como o futebol é um desporto colectivo e não individual... nunca se sabe.

Este tipo de jogos servem para entrosamento entre os elementos que compõem a equipa, para apuramento técnico-tático, enfim servem de tubo de ensaio. Não sei se os elementos utilizados terão sido os melhores, tendo em vista que o nosso adversário directo para o apuramento do Mundial de 2006, a Eslováquia, é uma equipa de uma dimensão muito diferente da do Canadá, mas ensaiou-se e ganhou-se o que é bom para o moral dos jogadores.

Quanto ao jogo não há muito a dizer. teve princípio e fim, pelo meio é que não houve nada, ou quase. Grande golo do estreante Manuel Fernandes (que grande futuro deverá ter este jovem) e 1-0. Oportunismo e sentido posicional de Pauleta e 2-0, só iam decorridos 11 minutos. Quanto a mim e do ponto de vista colectivo, a melhor jogada do 90 minutos + descontos: grande drible de Deco no meio do terreno, progride alguns metros, isola Boa Morte que de imediato cruza para a área onde (desta vez) Postiga não falha e de cabeça faz o 3-0 aos 80 minutos. Grande atrapalhação na área portuguesa, insistência dos canadianos e McKenna faz, aos 84 minutos, o 3-1 merecido para os canadianos. Mas faltava a vez de Nuno Gomes que com a velocidade, desmarcação e sentido de baliza que se lhe reconhece fez o 4-1 nos descontos (90+1 minutos).

Resultado certo num jogo quase sem história e que se resume aos 12 minutos iniciais e aos 12 minutos finais, pelo meio muita asneira. De salientar a excelente exibição de Manuel Fernandes e o regresso aos golos de Postiga, pena que no FC Porto só saiba desperdiçar, mas pode ser que com as idas à selecção comece a ganhar mais confiança, aliás se há jogador de selecção é ele, pois faz invariavelmente melhores exibições na selecção do que na sua equipa, não é uma crítica, mas sim uma constatação.

Talvez a Federação devesse ponderar a contratação de jogadores de selecção diminuindo assim o número de jogadores convocados. Será que há por aí algum iluminado que pretenda pegar na ideia.


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