sexta-feira, abril 16, 2004

Scolari, a Selecção, o FC Porto e a FPF


Continua a polémica entre Scolari, a Selecção e o FC Porto.

Na verdade esta polémica de tão ridícula que é começa já a ser verdadeiramente estúpida. Tal como noutros aspectos, também no futebol, deve prevalecer o interesse nacional, e nunca interesses pessoais ou corporativos.

A grande responsabilidade desta pseudo polémica reside na falta de liderança, ou até mesmo competência, da FPF. É evidente que o interesse nacional nem sempre são os jogos da selecção. Explico melhor, nesta situação concreta trata-se de convocar jogadores portugueses para um jogo amigável, onde, mais uma vez, se vão fazer experiências técnico-tácticas. A menos de 2 meses para o início do Europeu já deverão ser conhecidas todas as características dos jogadores habitualmente seleccionados, assim como a equipa já deveria ter um esquema de jogo padronizado, por isso este jogo com a Suécia devia ser aproveitado para uma observação mais atenta de outras possíveis opções para a convocatória final. Mais, Portugal não depende deste jogo para mehorar a sua posição no ranking mundial, que ultimamente tem sido tão degradado.

Do outro lado da barricada encontra-se, mais uma vez, o FC Porto, mas podia ser outro qualquer clube português, que vai disputar o acesso à final da Liga dos Campeões Europeus. Jogo que trará muito mais prestígio ao futebol português, e não somente ao FC Porto, do que um obscuro jogo treino da selecção nacional com a sua congénere sueca.

É certo que Pinto da Costa deveria ter cumprido as formalidades legais, se é que as não cumpriu, não tenho qualquer informação sobre o assunto, em endereçar o pedido de dispensa à FPF antes de o fazer através da comunicação social, mas a verdade é que as relações já se degradaram de tal maneira que ninguém mostra qualquer interesse em tentar uma aproximação. Quem perde é o futebol português.

Acabo como comecei. O único responsável por esta balbúrdia é sem qualquer dúvida a FPF, pois é à Federação que cumpre coordenar o futebol nacional e assegurar o interesse nacional em vez de alimentar guerras de alecrim e manjerona. Claro que agora muitos lamentam a actuação desta direcção da FPF, ou então desviam a sua indignação para os funcionários que são pagos pela FPF, quando deviam acertar baterias para os que pagam aos funcionários.

A verdade é que a seu tempo tiveram oportunidade de escolher outros nomes para liderarem o futebol nacional, mas optaram pelo nacional-porreirismo e, neste particular, nem os dirigentes do meu , nosso, clube estão isentos de erros.

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